Você está em:
Arquidiocese de Belo Horizonte
  • 09 de junho, 10º Domingo do Tempo Comum

    Baixar áudio
    - Hoje é 09 de junho, 10º Domingo do Tempo Comum.

    - O evangelho deste domingo fala da identidade de Jesus através de diferentes temas: a multidão que se reúne junto à casa onde Ele se encontrava, a reação de seus parentes que querem sequestrá-lo, os mestres da lei que o acusam de estar possuído por Belzebu, o pecado contra o Espírito Santo, a chegada de sua mãe e irmãos, a nova família que se reúne em torno a Ele... Embora pareça não haver uma relação e uma lógica interna no texto, estes temas tem um ponto em comum: a presença inspiradora e provocativa de Jesus. Peça ao Senhor a graça de permanecer fiel a Jesus nestes tempos tão difíceis.

    - Escuta o evangelho de Marcos, capítulo 3, versículos de 20 a 35:

    Naquele tempo, Jesus voltou para casa com os seus discípulos.
    E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer.
    Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo,
    porque diziam que estava fora de si.
    Os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém,
    diziam que ele estava possuído por Belzebu, e que pelo príncipe dos demônios
    ele expulsava os demônios.
    Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas:
    "Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? Se um reino se divide contra si mesmo,
    ele não poderá manter-se. Se uma família se divide contra si mesma,
    ela não poderá manter-se. Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo
    e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído.
    Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa. Em verdade vos digo:
    tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado,
    mas será culpado de um pecado eterno".
    Jesus falou isso, porque diziam:
    "Ele está possuído por um espírito mau".
    Nisso chegaram sua mãe e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo.
    Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram:
    "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura".
    Ele respondeu:
    "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?"
    E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe".

    - Não é mais possível permanecer neutro diante do modo de ser e viver de Jesus, de sua liberdade, de sua transparência, de sua abertura à diversidade, de sua profunda sintonia com o Pai. Por isso, de um lado, a reação da multidão, seduzida pelo novo ensinamento de Jesus; de outro, a reação de seus familiares e escribas que não o compreendem: querem sequestrá-lo ou o acusam de fazer pacto com “belzebu”. O pecado contra o Espírito Santo não é simplesmente um ato, mas uma atitude contínua de resistência, uma cegueira radical a Jesus e sua proposta, uma petrificação interior que bloqueia toda possibilidade do perdão de Deus. Ao afirmar que Jesus “tem um espírito impuro”, eles não o rejeitam simplesmente, mas rejeitam e negam a obra salvadora de Deus.

    - Muitas vezes, nossas vidas giram em torno àquilo que dá a sensação de segurança: riqueza, vaidade, poder, prestígio... Outras vezes, giram em torno a ídolos ou mitos com “pés de barro”. Em torno de quê ou de quem gira sua vida?

    - “"Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" pergunta Jesus. O evangelista Marcos distingue dois tipos diferentes de “irmãs”, “irmãos” e “mães” de Jesus: aqueles que estão “fora” e aqueles que estão “dentro”, no círculo de Jesus. O grupo que está em torno a Jesus goza de uma grande intimidade, de uma proximidade espacial e de sintonia com o coração d’Ele. Jesus, o Mestre, ocupa o centro e a multidão, numa atitude de escuta, situa-se em torno a Ele. Diz ainda o Pe. Adroaldo Palaoro:

    “Jesus aproveita a visita de sua mãe e seus irmãos para falar do nascimento da nova família: aquela que vive em sintonia com a vontade do Pai, reforçando os laços entre as pessoas, constituindo a nova comunidade. Por isso, é preciso sair do que é “meu”: minha família, minha religião, minha Igreja...”

    - Peça ao Senhor coragem para fazer parte da “nova família do Reino”, a comunidade cristã. Peça também pela paz no mundo e no seu coração.

    - Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre. Amém.






Ícone Arquidiocese de BH