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Arquidiocese de Belo Horizonte
  • 21 de outubro, 2ª feira, 29ª Semana do Tempo Comum.

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    - Hoje é dia 21 de outubro, segunda feira da 29ª Semana do Tempo Comum.

    - Na narrativa do Evangelho de hoje Jesus nos adverte sobre a ganância e nos diz que não adianta acumular bens aqui na terra para nós mesmos, pois os bens nos são dados para serem partilhados e colocados a favor da vida e não para ser vivido de forma egoísta, sem nenhum sentimento de misericórdia para com os mais necessitados. Não adianta termos bens suficientes para uma vida confortável, quando muitos ao nosso lado não tem o mínimo para viver. Ser para Deus é viver a vida para servir, se doar e se entregar ao próximo. A vida perde o sentido quando se vive pela cobiça e pela ganância. Peça ao Senhor a graça da libertação do apego às coisas e que te faça mais sensível às necessidades dos irmãos e irmãs para assim viver o caminho da solidariedade e da partilha.

    - Escuta o Evangelho Segundo Lucas, capítulo 12, versículos 13 a 21.

    Naquele tempo,alguém, do meio da multidão, disse a Jesus:
    "Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo".
    Jesus respondeu:"Homem, quem me encarregou de julgar
    ou de dividir vossos bens?"
    E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância,
    porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem
    não consiste na abundância de bens".
    E contou-lhes uma parábola: "A terra de um homem rico deu uma grande colheita. Ele pensava consigo mesmo:
    'O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita'.
    Então resolveu: 'Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores;
    neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens.
    Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos.
    Descansa, come, bebe, aproveita!'
    Mas Deus lhe disse: 'Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida.
    E para quem ficará o que tu acumulaste?'
    Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo,
    mas não é rico diante de Deus".

    - O evangelho nos chama atenção para o cuidado com todo tipo de ganância. E para explicar este apelo, Jesus nos apresenta a parábola do homem rico e nela nos ensina a discernir a nossa real motivação diante dos bens materiais que almejamos e a perceber o fascínio que a riqueza exerce sobre nós. Assim, mais uma vez nós aprendemos com Ele a nos manter vigilantes em torno dos nossos pensamentos e das nossas reais intenções. Ele deixou bem claro que os nossos bens materiais não constituem um alicerce para assegurar a nossa vida longa aqui na terra. Somos todos passageiros por aqui. A missão de Jesus acontece no seu modo de ser, de instruir e orientar as pessoas para a vida de comunhão com Deus e com o próximo, e não para uma vida de ganância e de egoísmos. A vida de uma pessoa não depende de seus bens. O mais importante é o sentido da sua existência. Peça ao Senhor a graça de possuir a riqueza do seu amor e da sua misericórdia como o maior bem.

    - Para quem você é rico: para si mesmo ou para Deus? Se possuísse muito dinheiro, você viveria “mais despreocupado”? Como você analisa a atitude do homem da parábola? Você se acha diferente dele?

    - “ E para quem ficará o que tu acumulaste?”. A nossa vida está nas mãos de Deus e somente ele tem controle sobre ela, sejamos nós, pobres ou ricos neste mundo. No entanto, podemos ser ricos diante de Deus quando colocamos tudo o que possuímos à sua disposição, doando-nos aos outros com alegria. É o que nos diz José Tolentino Mendonça na sua prece “Mais importantes que os talentos são os dons”:

    No inicio deste dia, ajuda-nos, Senhor, a ver claro que o mais importante não é o que podemos oferecer aos outros, mas quem podemos ser para os outros. Que não nos ocultemos no cômodo casulo da indiferença ou da mera correção. Nem nos esgotemos nos corredores desolados das pressões e da pressa. Que este dia traga a oportunidade de partilharmos o dom de nós próprios. Mais importante que os talentos são os dons, porque por estes é que exprimimos a nossa condição de filhos bem-amados.

    - Dá-me, Senhor, um coração livre do apego e da ganância pelo “ter”: ter coisas, ter títulos, ter cargos, ter prestígio... Que eu saiba ser amor solidário contigo e, como tu, solidário com a necessidade e o sofrimento do outro.

    - Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome, vem a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, não nos deixei cair em tentação mas livrai-nos do mal.







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