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Arquidiocese de Belo Horizonte
  • 6 de outubro, 27ª Domingo do Tempo Comum

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    – Hoje é dia 6 de outubro, 27ª Domingo do Tempo Comum.

    - O evangelho deste domingo continua nos situando no contexto da subida de Jesus a Jerusalém e da instrução dada aos discípulos. A pergunta inesperada e capciosa dos fariseus sobre a licitude do homem despedir sua mulher tinha intenção de colocar Jesus numa situação constrangedora. Mas, como bom mestre, Jesus aproveita também desta circunstância para situar a todos no “princípio da criação” e recuperar a essência do matrimônio. Abra seu coração para acolher a Palavra que o Senhor hoje te diz.

    - Escute o Evangelho segundo Marcos, capítulo 10, versículos 2 a 16

    Naquele tempo, Alguns fariseus se aproximaram de Jesus.
    Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher.
    Jesus perguntou: "O que Moisés vos ordenou?"
    Os fariseus responderam:
    "Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la".
    Jesus então disse:
    "Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento.
    No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher.
    Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne.
    Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!"
    Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto.
    Jesus respondeu:
    "Quem se divorciar de sua mulher e se casar com outra, cometerá adultério contra a primeira.
    E se a mulher se divorciar de seu marido e se casar com outro, cometerá adultério".
    Depois disso, traziam crianças para que Jesus as tocasse.
    Mas os discípulos as repreendiam. Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse:
    "Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas.
    Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança,
    não entrará nele".
    Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.

    – O mais interessante do Evangelho de hoje é que Jesus vai mais além de toda lei. Busca a raiz antropológica do matrimônio (o projeto de Deus) para não anular nunca o que é verdadeiramente humano. Ao fazer referência “ao princípio” Jesus vai diretamente à essência do problema, tratando de descobrir as exigências mais profundas do ser humano. O homem e a mulher são um lugar privilegiado de revelação e de experiência do Amor de Deus. Eles são a encarnação e a visibilização desse Amor Ágape que tem sua fonte no próprio Deus. Cada pessoa jamais deixa de ter suas raízes plantadas no coração do Criador.

    - O Amor de Deus encontra espaço no seu interior, iluminando e dando sentido ao seu ritmo de vida? Quê gestos e atitudes de sua vida são transparência do Amor de Deus?

    – "... o que Deus uniu, o homem não separe!"”, diz Jesus. Sabemos que o maior inimigo do matrimônio é o egoísmo. A ânsia de buscar em tudo o benefício próprio e pessoal arruína toda possibilidade de viver relações verdadeiramente humanas. Esta busca do outro para satisfazer as necessidades do próprio ego, anula toda possibilidade de uma relação profunda de um casal. A partir da perspectiva hedonista, o casal estará fundamentado no que o outro traz de benefício, nunca no que cada um pode partilhar mutuamente. A consequência é nefasta para ambos. Diz Pe. Adroaldo Palaoro:

    “...ao falar de “indissolubilidade matrimonial”, é preciso assumir com lucidez e serenidade o caráter processual da relação de “duas pessoas unindo-se” em “comunhão de vida e amor”. A expressão “sim, eu quero”, não é uma fórmula mágica que produz automaticamente um vínculo indissolúvel. Para o casamento, basta meia hora. Para a consumação do matrimônio “de maneira humana”, é preciso uma vida inteira.”

    – Peça ao Senhor por todos os casais para que vivam o matrimônio como projeto de comunhão de vida, a vida inteira. Peça também pela paz no mundo e, por isso, peça pela paz na sua família, nos seus relacionamentos, no seu trabalho...

    – Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.






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