2 de novembro, Domingo, Comemoração de todos os fiéis defuntos.

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- Hoje é dia 2 de novembro, Domingo, Comemoração de todos os fiéis defuntos.

- A morte é sempre estranha e, com frequência, se revela incômoda. O ser humano não sabe o que fazer com a morte. Às vezes, o único que lhe ocorre é ignorá-la, escondê-la e não falar dela. No entanto, mais cedo ou mais tarde, a morte vai visitando nossos lares e arrancando de nós nossos seres mais queridos. Neste Dia de Finados, passarão por nosso coração e pela nossa memória, de um modo muito especial e íntimo, aquelas pessoas que foram e são parte de nossa vida e que, ao fazerem a “travessia” para outra margem continuam presentes, amando-nos e sendo amadas por nós. Precisamos parar um momento e acender uma vela por dentro, e escutar. Escutar os ecos que suas presenças nos deixaram, suas palavras, seus gestos..

- Escute o Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas, capítulo 12, versículos 35-40
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas.
Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento,
para lhe abrir, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater.
Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar.
Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa
e, passando, os servirá.
E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!
Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar,
não deixaria que arrombasse a sua casa.
Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes".

- O evangelho indicado para este dia nos fala de “velar”, de “estar preparados”: é um chamado a despertar. Estamos despertos quando mantemos uma “atenção plena” ao que acontece em nosso interior e ao nosso redor. Um dos riscos que hoje nos ameaça e esfria nosso fervor no seguimento de Jesus é cair numa vida superficial, mecânica, rotineira, massificada... A vigilância não é medrosa e pessimista; é alegre expectativa do Deus que nos surpreende no hoje de nossa existência; é chamado a viver com lucidez e responsabilidade, sem cair na passividade ou letargia.

- Quê palavras, olhares, gestos você não quero esquecer das pessoas de sua vida que já não estão mais aqui?

- Jesus diz: o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes".
Por isso é preciso estar despertos e viver a “espiritualidade da espera”: isso implica viver o momento presente, porque qualquer momento é o definitivo, é viver o tempo habitado por Deus. Esperar é estar despertos para nos conectar com essa Presença sempre surpreendente. Uma visão esvaziada da morte desumaniza a vida presente e nos impede de viver em plenitude o momento atual. A vida presente tem pleno sentido por si mesma. Confessamos que a vida é de Deus e, como Ele, é eterna. E nossa última morada não é sob a lápide fria de um túmulo, mas no coração do mistério de um infinito Amor.
Assim diz Paulo na carta aos Efésios: “Mas tudo o que é denunciado é manifestado pela luz; e tudo o que é manifestado torna-se claro com a luz. Eis porque se diz: ‘Desperta, tu que estás dormindo, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará". (Ef 5,13-14)

- No silêncio, faça memória e entre em comunhão com aquelas pessoas que foram presenças inspiradoras em sua vida e que deixaram “marcas” saudosas.
Vale a pena fazer no dia de hoje uma “memória agradecida”.

- Gloria ao Pai, o Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre Amém!








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