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07 de julho, 14º Domingo do Tempo Comum

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- Hoje é dia 07 de julho, 14º Domingo do Tempo Comum.

- No Evangelho de hoje, Jesus provocou, por suas atitudes e palavras, um cisma nos seus conterrâneos, isto é, produziu uma crise que levou a uma ruptura-decisão pró ou contra Ele. Jesus é realmente a crise do mundo. Ele veio para provocar uma derradeira decisão das pessoas a favor ou contra Deus, agora manifestado em sua pessoa, em seus gestos e em suas palavras. Peça ao Senhor a coragem para seguir Jesus e sua proposta sempre renovadora.

- Deixe o coração aberto para escutar e acolher as palavras do Evangelho de Jesus Cristo Segundo Marcos, Capítulo 6, versículos 1 a 6.

Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga.
Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam:
"De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria?
E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos?
Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria
e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão?
Suas irmãs não moram aqui conosco?"
E ficaram escandalizados por causa dele.
Jesus lhes dizia:
"Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares".
E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles.
Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.

-O relato de hoje é surpreendente. Jesus foi rejeitado precisamente pelos seus parentes e familiares. É a primeira vez que Ele experimenta uma rejeição coletiva, não dos dirigentes religiosos, mas de sua comunidade familiar, com quem convivera tanto tempo. Jesus se sente “desprezado”: os seus não o aceitam como portador da mensagem profética de Deus. Por isso, fecham-se em suas ideias preconcebidas a respeito do seu vizinho Jesus e resistem a abrir-se à novidade de sua mensagem e ao mistério que se revela em sua pessoa. Porque estavam acostumados a ouvir sempre o mesmo, rejeitam-no por ensinar “coisas novas”. Peça ao Senhor abertura de coração e vida para sempre acolher a mensagem de Jesus.

- “Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?” O que asfixia, tira a criatividade e o ânimo nas atividades assumidas no seu dia-a-dia?

- Disse Jesus: “"Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares" E Jesus não pode fazer nada em Nazaré, pois ali lhe “cortaram as asas”. Ele era muito conhecido para eles, muito comum, muito igual... O problema de fundo está em que quando uma pessoa não se ajusta àquilo que a sociedade e seus parentes e amigos esperam dela, essa pessoa cai em desgraça. Jesus “admirou-se com a falta de fé deles”, ou seja, de sua incapacidade para ver mais além, de sua resistência em conectar-se com o Novo que se faz visível, da ignorância na qual decidiam permanecer instalados. A respeito disso nos diz o Pe. Adroaldo Palaoro:

“O que é simplesmente humano, o que é comum com todos os humanos, precisamente isso é o que tantas vezes menos valorizamos, e é isso o que mais necessitamos, pois é o que mais humaniza a vida, a convivência, a sociedade. Somos “educados” para sermos importantes, mas não para sermos simplesmente humanos. Daí, a consequência mais perigosa que todos arrastamos. O poder nos seduz; a glória nos seduz. Queremos, a todo custo, ser importantes, destacar, ser notáveis... Tais sentimentos nos rompem por dentro e destroçam nossa própria humanidade”.

- Termine sua oração pedindo ao Espírito que renove o ritmo de seus passos. É ele que abre as portas e janelas do seu coração para acolher a Palavra sempre nova de Jesus e assim a novidade da vida que sempre vem.

-O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor nos mostre o Seu rosto brilhante. O Senhor nos conceda sempre a sua paz.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre. Amém.



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