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05 de agosto, 2ª feira, 18ª Semana do Tempo Comum

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- Hoje é dia 05 de agosto, segunda-feira da 18ª Semana do Tempo Comum.

-O evangelho nos convida a revisitar a cena da partilha, hoje, sob a perspectiva da comunidade de Mateus. Entrar na cena é fundamental para não perder os detalhes das atitudes de Jesus, que fazem toda a diferença no agir cristão de quem é seu discípulo. Após saber da morte de seu primo João Batista, Jesus decide se distanciar, é preciso viver esse luto, discernir e compreender o caminho da missão. Contudo, coloca de lado sua dor, sua tristeza e tomado por compaixão pela multidão que o seguia, ouve, cuida e propicia uma experiência profunda da presença de Deus no meio do seu povo. Peça ao Senhor, a graça de se parecer cada dia mais com Jesus, ser testemunha com atitudes concretas que revelam o amor e justiça divina.

-Escuta o Evangelho Segundo Mateus, Capítulo 14, versículos 13 a 21:

Naquele tempo," quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram:
"Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!"
Jesus porém lhes disse:
"Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!"
Os discípulos responderam:
"Só temos aqui cinco pães e dois peixes".
Jesus disse: "Trazei-os aqui".
Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos,
e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.".

-Entrar na cena do evangelho permite a cada leitor se contagiar pela presença de Jesus que é totalmente descentrado, Ele vive em prol da vida sempre à serviço, especialmente dos que mais sofrem e buscam sua cura, atenção, palavra. Não se preocupa com o tempo, é totalmente disponível. Os discípulos parecem se preocupar também com as pessoas que ali estão, provavelmente cansadas e com fome. Contudo, não se corresponsabilizam com a situação, sugerem que Jesus os despeça. Porém Jesus, os surpreende, dizendo: "Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!" Ser discípulo de Jesus é não só se sensibilizar, mas também se comprometer em saciar a fome. Dispor do que se tem em favor dos que necessitam. Diz o ditado popular: “o pouco com Deus é muito”, após erguer os olhos para o céu, abençoar os pães e os peixes, os deu aos discípulos para que distribuíssem. A experiência da partilha é beleza que sacia e há sobra. Ninguém retem, todos se alimentam e compartilham. Uma bela lição para os discípulos de Jesus, também hoje. Agradeça ao Senhor, pela sua palavra, testemunho de que uma nova sociedade, sem necessitados é possível e por chamar você à essa missão.

- Você, como Jesus, já “guardou” sua dor ou problemas para cuidar de outras pessoas que necessitam da sua ajuda? Acredita na beleza da partilha? O que tem partilhado durante sua vida? É capaz de ouvir e se comprometer com a convocação de Jesus: “Dai-lhes vós mesmos de comer!"? Ou como os discípulos, pensa que é sempre do outro a responsabilidade de construir uma nova sociedade, onde não haja fome e injustiças?

– “Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes”, ouça um fragmento do comentário do Cardeal José Tolentino de Mendonça sobre o evangelho, a força transformadora do encontro com Jesus:

“As vidas que Jesus encontrou são vidas transformadas, são vidas que se renovam, que se modificam. Os nossos braços cansados ganham asas, as nossas desilusões transformam-se em sonhos, as nossas dificuldades transformam-se em oportunidades para a fé, as nossas doenças em hipótese de cura, a nossa fome e a nossa sede transformam-se num banquete”.

-Termina sua oração pedindo ao Senhor a graça de, como Jesus, ser compassivo e se comprometer em ser as mãos de Deus que promove e defende a vida de todos, especialmente os que mais pobres.

- Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre. Amém!


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