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IMAGENS DA SEMANA – 29/01/2021

Dom Vicente Ferreira preside Missa em memória das vítimas pelo rompimento da barragem em Brumadinho

O bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte dom Vicente Ferreira celebrou Missa na Igreja Nossa Senhora das Dores, no Córrego do Feijão, nesta segunda-feira, dia 25, em memória das vítimas pelo rompimento da barragem com rejeitos de mineração em Brumadinho. A Missa integra a programação da II Romaria Regional pela Ecologia Integral a Brumadinho. Logo após a celebração, foi oficialmente apresentado o documento Pacto dos Atingidos. Construído de modo colaborativo, a partir da contribuição das comunidades impactadas pelo rompimento da barragem, o Pacto dos Atingidos detalha o sonho daqueles que vivem sob a ameaça da mineração predatória – a conquista da liberdade – e o compromisso de se dedicarem aos princípios da Ecologia Integral – que reconhecem a importância fundamental da vida, acima do lucro.

A Missa reuniu familiares dos que perderam a vida pela tragédia. Cada pessoa foi homenageada com uma foto diante do altar, cuidadosamente preparado em frente à Igreja Nossa Senhora das Dores, no Córrego do Feijão. Durante suas preces, dom Vicente pediu a Deus pelas famílias que ainda não puderam sepultar seus mortos. Lembrou-se também daqueles que adoeceram pelas muitas perdas sofridas.

O Bispo Auxiliar, durante a homilia, em referência à conversão de São Paulo, explicou: “Conversão é defender a vida e a dignidade de todos, inclusive do meio ambiente”. O Bispo Auxiliar advertiu que o atual momento beneficia quem tem poder e dinheiro, e lembrou: “A nossa força não vem do poder e do dinheiro. Vem da nossa união”. Por isso, dom Vicente orientou que todos caminhem juntos. “As soluções nascem da força de nossa união”.

A solenidade de apresentação do Pacto dos Atingidos foi vivida logo após a Missa, sinalizando a união das muitas pessoas impactadas pelo rompimento da barragem com rejeitos de mineração.

O rompimento da barragem

Há dois anos, uma barragem com rejeitos de mineração da Vale se rompeu em Brumadinho, na comunidade Córrego do Feijão. A tragédia matou 272 pessoas e devastou a bacia do Rio Paraopeba. A Igreja Nossa Senhora das Dores, onde hoje são dedicadas homenagens às vítimas, foi um dos principais pontos estratégicos de auxílio ao Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. As comunidades de fé que integram a Região Episcopal Nossa Senhora do Rosário (Renser), desde aquele 25 de janeiro de 2019, passaram a amparar as famílias mais impactadas pelo rompimento da barragem.

Gratidão e Fé marcam Missa de Sétimo Dia do falecimento do Padre Pigi

O amor do Padre Pigi pelo evangelho e pelos pobres  foi lembrado, com gratidão, pelo padre Evandro na  Celebração Eucarística da quinta-feira, dia 28 de janeiro, no sétimo dia do falecimento do padre Piggi.

A Missa reuniu seminaristas e padres da maturidade com quem padre Pigi residia no Convivium Emaús, recebia cuidados e vivia em acolhedora comunidade.

Assim que recebeu a notícia do falecimento,  , dom  Walmor, com muita reverência, lembrou a trajetória  do Padre Pigijunto junto aos mais pobres: “Nosso amado padre Pigi era aguerrido defensor dos excluídos, especialmente dos que são desrespeitados no direito fundamental à habitação. A sua vida simples, a sua coragem evangélica, a sua fidelidade aos ensinamentos de Jesus são marcas inapagáveis, lições para cada pessoa. Um sacerdote dos pobres, respeitado e admirado por todos. Um homem de Deus, de fé exemplar, deixando como herança lições de inabalável confiança em Deus, vida dedicada à missão, fora de sua pátria, fazendo de nós seu povo, sua família, seu chão. Repouse em paz , amado padre Pigi. A Igreja e os que buscam o direito à moradia digna ganham, no céu, um intercessor. A amada Mãe Maria, Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas Gerais, receba padre Pigi. O Bom Deus o acolha em sua infinita misericórdia.”

 

Evangelizador entre os sem casa

Filho de Carlo Bernareggi e Giovanna Bernareggi Spinelli, padre Pigi, como era conhecido, nasceu em Milano, Itália, em 6 de junho de 1939. Com doutorado em Filosofia pela Universidade católica Del Sacro Cuore, em Milano, cursou Teologia na Universidade Católica de Minas Gerais. Passou a integrar a Arquidiocese de Belo Horizonte em janeiro de 1964, sendo ordenado presbítero em 17 de dezembro de 1967, pela imposição das mãos do então arcebispo metropolitano dom João Resende Costa.

Em suas atividades sacerdotais, atuou como professor da PUC Minas, foi Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Glória, bairro Eldorado, e Vigário Cooperador da Paróquia Santo Antônio, na Av. do Contorno, em Belo Horizonte. Pároco da Paróquia de Todos os Santos, no bairro Providência, em Belo Horizonte, e Vigário Episcopal da Região Pastoral Norte. Na sua trajetória, o exercício do ministério sacerdotal era indissociável da luta em defesa dos mais pobres, dos mais necessitados. Participou ativamente da criação do Programa Municipal de Regularização de Favela (Profavela), promulgado no dia 6 de janeiro de 1983, sendo o seu primeiro coordenador. Foi um dos criadores da Central Metropolitana dos Sem Casa (CEMCASA) e do projeto do Bairro Metropolitano, sendo decisivo para que cerca de 20 mil pessoas tivessem um lar. Atuou também na Pastoral de Vilas e Favelas da Arquidiocese de Belo Horizonte, dedicando-se incansavelmente para efetivar um Plano Metropolitano de Habitação Popular.

Leia também:

[Em memória] Homenagem a Padre Piggi: uma vida inteira dedicada aos pobres e à Igreja – entrevista ao jornalista J.D. Vital em 2019

 

Homenagem a padre Pigi: Eu vi um santo- Pe. Raphael do Carmo, mestrando em História da Igreja/Pontifícia Universidade Gregoriana- Roma

 

 



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