Reportagem veiculada na TV Horizonte sobre a Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz (CAJP) e a Academia de Juristas Católicos e Humanistas (AJUCH-BH).
Em sintonia com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Arquidiocese de Belo Horizonte criou, recentemente, dois importantes grupos de trabalho para fortalecer ainda mais as iniciativas de solidariedade e de amor ao próximo: a Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz (CAJP) e a Academia de Juristas Católicos e Humanistas (AJUCH-BH).
Instalada pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, a CAJP reforça o compromisso histórico da Igreja Católica com a justiça e o direito dos mais pobres, com os valores democráticos, ambientais e com o diálogo inter-religioso num momento em que tais princípios estão sob ataque.
A AJUCH-BH, que reúne professores de Direito, advogados, procuradores, membros do Poder Judiciário e do Ministério Público e bacharéis em Direito, tem a missão de desenvolverem inciativas que busquem defender a vida e a dignidade da pessoa humana, à luz da Doutrina Social da Igreja Católica e de um constante diálogo com a sociedade e a cultura.
Inspirado na Carta Encíclica Fratelli Tutti do Papa Francisco, o Arcebispo dedica mensagem especial às comunidades de fé da Arquidiocese de BH. “A Carta Encíclica nos remete nos aos fundamentos da fé cristã quando diz que devemos nos reconhecer irmãos e irmãs uns dos outros. É a partir desse reconhecimento que mudamos a nossa relação com o semelhante e enxergamos com clareza a dignidade humana”.
No contexto da Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz e da Academia de Juristas Católicos e Humanistas, o bispo auxiliar dom Geovane Luís destaca a importância do Evangelho como caminho para a mudança e construção da paz. “O Evangelho é a novidade perene que tem a força de transformar o coração do ser humano e incide diretamente sobre a vida da sociedade. E é por isso que o Evangelho é a libertação integral para o ser humano”, afirma.
De acordo com padre Júlio Amaral, vigário episcopal para a Ação Social da Arquidiocese de BH, a demanda para criar a Comissão já existia, mas ganhou força em 2020, com a crescente crise ética, econômica, humana e de valores que a sociedade vivencia, devido ao empobrecimento das pessoas a também por causa da degradação do meio ambiente. “Vivemos um momento muito desafiador, em que a vida está comprometida em vários aspectos. Sendo assim, a criação dos grupos é de extrema importância para as comunidades de fé”.
Para o coordenador da AJUCH-BH Marciano Seabra de Godoi, a Academia de Juristas Católicos e Humanistas tem como missão apoiar e dar um respaldo em temas científicos para os movimentos sociais e políticos da Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz. ” A AJUCH, além de apoiar a Comissão, tem um segundo objetivo que é a formação contínua dos advogados e dos estudantes de Direito mais jovens, como opção para conhecerem melhor as ideias sociais da Igreja”, explica.
Segundo José Luiz Quadros, coordenador do CAJP, ao trabalhar em sinergia, a Academia de Juristas Católicos e humanistas e a comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz vão trabalhar em sinergia vai trabalhar junto com os movimentos sociais e com as pastorais sociais, a partir das demandas reais da população de Belo Horizonte e da Região Metropolitana dos municípios que integram a Arquidiocese de BH. “Nesse sentido, a Igreja está atenta às necessidades do mundo e se dedica a contribuir com a construção de uma sociedade justa e fraterna”, finaliza.