Viabilizar a geração de renda e o desenvolvimento sustentável nas comunidades que se encontram em condições de vulnerabilidade socioeconômica. Esse é um dos objetivos da Arquidiocese de Belo Horizonte, por meio da Providens com a iniciativa Economia Popular Solidária. O projeto é fruto da parceria com o Vicariato Episcopal para a Ação Social, Política e Ambiental (Veaspam) e a Misereor, instituição vinculada à Igreja Católica na Alemanha que apoia projetos de desenvolvimento social realizados na América Latina, África e Ásia.
São organizadas, uma vez ao mês, oficinas de formação para homens e mulheres amparados pela Providens e que desejam desenvolver empreendimentos econômicos solidários. Para se ter uma ideia, hoje, 34 negócios são beneficiados com as oficinas, que contam com 120 participantes.
Em 2020, por causa das medidas de isolamento social necessárias à prevenção à Covid-19, as oficinas acontecem virtualmente. Para a realização das atividades, o projeto Economia Popular Solidária conta com convidados externos, que repassam seu conhecimento técnico e promovem momentos de interação e troca de conhecimentos para a construção coletiva.
Durante os encontros online, os participantes refletem sobre as temáticas “conhecimento, educação, formação, assessoramento, produção, comercialização, consumo sustentáveis, financiamento, crédito, finanças solidárias, ambiente institucional, legislação e integração de políticas públicas”.
Na última oficina, no dia 16 de novembro, o coordenador do projeto Márcio Bernardo conta que os participantes receberam instruções sobre o uso de aplicativos de comunicação para a comercialização online para construir catálogos com seus produtos e controlar o status dos pedidos de seus clientes. “A importância do tema, a didática e a possibilidade de trocar informações para a construção da economia solidária foram as marcas desse encontro virtual, que deixou todos bem animados para dar continuidade aos trabalhos”, explica Bernardo.
O coordenador destaca que a última oficina foi marcada pela retomada das atividades que estavam paralisadas desde março de 2020 com o início da pandemia. “Atualmente, na modalidade online, a oficina possibilita aos atendidos dar sequência no processo de formação continuada e a reaproxima a imensa rede de trabalhadores que compõe a Economia Popular Solidária. A formação oferecida, além de ser um diferencial para o seu processo de geração de renda, os apoia para seu processo de incidência política e transformação social, construindo novos caminhos para uma economia mais justa e inclusiva”, explica finaliza Márcio Bernardo.