Na Audiência Geral desta quarta-feira, 12 de novembro, o Papa Leão XIV destacou com ênfase a fraternidade como uma vocação essencial e presente divino para toda a humanidade. O Santo Padre lembrou que viver a fraternidade implica reconhecer e celebrar a unidade entre as pessoas, um convite que ultrapassa divisões, preconceitos e o isolamento que fragiliza a convivência social: “Acreditar na morte e ressurreição de Cristo e viver a espiritualidade da Páscoa incute esperança na vida e encoraja-nos a investir na bondade”. O Pontífice destacou a importância de redescobrir a fraternidade como uma vocação própria de todo ser humano e um presente de Deus à humanidade.
Ensinamento sobre fraternidade
Na catequese, o Santo Padre enfatizou que viver a fraternidade não é um ideal impossível, mas um chamado que desafia cada pessoa. A fraternidade é tanto responsabilidade pessoal quanto dom a ser acolhido com gratidão, pois aproxima os filhos e filhas de Deus apesar das diferenças, promovendo paz e solidariedade. Além disso, o Pontífice assinalou recentemente o aniversário do fim da Primeira Guerra Mundial para reforçar a importância da paz fundada na fraternidade, condição indispensável para superar conflitos e fortalecer laços sociais. O Pontífice conclamou os fiéis a nutrir esta disposição de amor e cuidado mútuo como resposta concreta à vocação humana e dom divino, que deve marcar a vida das comunidades e o testemunho cristão no mundo: “Se nos isolarmos, corremos o risco de adoecer de solidão e até de desenvolver um narcisismo que nos leva a preocupar-nos com os outros apenas por interesse próprio.”
Fraternidade como resposta cristã
O Papa Leão XIV recordou ainda que a fraternidade cristã nasce do Evangelho e se fortalece no encontro com o outro, especialmente com quem sofre. Para o Santo Padre, inspirar-se em Jesus e nas primeiras comunidades é essencial para construir um mundo renovado pela justiça e caridade. O apelo da catequese ecoa diante dos desafios contemporâneos, convidando todos a serem promotores ativos da unidade e da reconciliação. “A fraternidade concedida por Cristo liberta-nos da lógica negativa do egoísmo, da divisão e da prepotência, e reconduz-nos à nossa vocação original, em nome de um amor e de uma esperança que se renovam todos os dias”, sublinhou o Pontífice.
Ao fim de sua catequese, o Papa Leão XIV convidou os fiéis “a viver a fraternidade como testemunho da fé no Ressuscitado”:
“Os irmãos e as irmãs apoiam-se mutuamente nas provações, não viram as costas aos necessitados, choram e alegram-se juntos. O Ressuscitado mostrou-nos o caminho a percorrer com Ele, para nos sentirmos e sermos todos irmãos”.
Informações: Vatican News
