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Papa Francisco: “Peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a ser instrumentos de unidade e de paz”

Durante Audiência Geral desta quarta-feira (9), o Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre o tema “O Espírito e a Esposa”. Diante dos milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Pontífice refletiu sobre o papel do Espírito Santo na universalidade e na unidade da Igreja, a partir do relato da descida do Espírito Santo em Pentecostes, conforme o Livro dos Atos dos Apóstolos (At 2, 4).

Ação universal e unificadora do Espírito Santo

O Santo Padre explicou que o Espírito Santo é aquele que “empurra a Igreja para fora”, para acolher um número crescente de povos, mas ao mesmo tempo, a reúne em si, consolidando a unidade alcançada. “O Pentecostes não foi apenas o início da missão da Igreja entre os judeus, mas também o prenúncio da missão entre os gentios”, afirmou Papa Francisco, mencionando a conversão do centurião Cornélio (cf. At 10-11) como um novo “Pentecostes” que quebrou barreiras entre judeus e pagãos.

A importância da sinodalidade e do diálogo

O Pontífice também destacou que o Espírito Santo não realiza a unidade de forma abrupta, mas sim por meio de um trabalho discreto, respeitando o tempo e as diferenças humanas. De acordo com o Papa, o Concílio de Jerusalém (cf. At 15,28) foi um exemplo de como a unidade foi buscada de maneira sinodal, por meio de oração, debate e discernimento conjunto. O Pontífice recordou que Santo Agostinho explica a unidade realizada pelo Espírito Santo com uma imagem que se tornou clássica: “O que a alma é para o corpo humano, o Espírito Santo é para o corpo de Cristo ou a Igreja”. A imagem ajuda-nos a compreender algo importante:

“O Espírito Santo não realiza a unidade da Igreja a partir do exterior; não nos ordena simplesmente que estejamos unidos. Ele próprio é o vínculo de unidade”.

Unidade dos cristãos

Ao concluir sua reflexão, Papa Francisco pediu que o Espírito Santo nos ajude a ser instrumentos de unidade e paz, não apenas na Igreja, mas também nas nossas relações pessoais. “Todos desejamos a unidade, mas ela só pode ser alcançada quando colocamos Deus no centro, e não em nós mesmos. A unidade é caminhar juntos em direção a Cristo e não esperar que os outros venham até onde estamos”, lembrou o Papa, convidando os cristãos a seguir o exemplo de Pentecostes:

“Peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a ser instrumentos de unidade e de paz”.

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