Na Audiência Geral, desta quarta-feira, na Praça São Pedro, o Papa enfatizou que “o diálogo entre jovens, crianças e avós é fundamental para a sociedade e para a Igreja. “O serviço alegre da fé que se aprende com gratidão” foi o tema da catequese.
Em continuação sobre o tema “velhice”, Papa Francisco o recordou o episódio da cura da sogra de Simão, mencionado no Evangelho de Marcos. “Não sabemos se foi uma doença leve, mas na velhice até mesmo uma simples febre pode ser perigosa. Quando se é velho, não se controla mais o corpo. É preciso aprender a escolher o que fazer e o que não fazer. O vigor do corpo falha e nos abandona, ainda que nosso coração não pare de desejar. É preciso então aprender a purificar o desejo: ser paciente, escolher o que pedir ao corpo, à vida.”
Ouvir o corpo e aceitar os limites
Quando envelhecemos não podemos fazer o mesmo que fazíamos quando éramos jovens: o corpo tem outro ritmo e devemos aceitar os limites. A doença pesa sobre os idosos de uma maneira diferente.
Segundo o Pontífice, ” é importante que os cristãos cuidem dos idosos: parentes, amigos e a comunidade. A visita aos idosos deve ser feita por muitos, juntos e com frequência. Devemos sentir a responsabilidade de visitá-los, já que muitas vezes estão sozinhos e apresentá-los ao Senhor com nossas orações. A vida é preciosa”.
Os idosos têm muito para nos ensinar
O Papa retomou um tema repetido nas catequeses: “A cultura do desperdício parece cancelar os idosos. Sim, não os mata, mas os apaga socialmente, como se fossem um fardo a ser carregado: é melhor escondê-los.”
O Santo Padre explicou que esse tipo de comportamento é uma traição da própria humanidade, pois seleciona a vida de acordo com a utilidade, com a juventude e não com a vida como ela é. “Os idosos têm muito para nos dar: têm a sabedoria da vida. Devemos ensinar as crianças para que cuidem deles, para que busquem seus avós. O diálogo entre jovens, crianças e avós é fundamental. Onde não há diálogo entre jovens e idosos, falta alguma coisa e cresce uma geração sem passado, ou seja, sem raízes”.
“Por favor, deixemos que os idosos, que os avós estejam próximos às crianças, aos jovens para transmitir-lhes a memória da vida, para transmitir-lhes a experiência de vida, a sabedoria da vida. Na medida em que fazemos com que jovens e idosos se encontrem, nessa medida haverá mais esperança para o futuro de nossa sociedade”, finalizou o Papa.