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Todo cristão é chamado ao discernimento vocacional

No mês das vocações, a Igreja convida toda a comunidade a refletir  sobre  o sentido que se dá à vida e lembra que, na missão  de evangelizar, é fundamental que jovens abracem o  sacerdócio. Sendo assim, “cada jovem de fé – moça ou rapaz – precisa se colocar a possibilidade de ser chamado a uma vida de consagração a Deus na Igreja”, afirma o bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte dom João Justino, em entrevista concedida ao portal Gaudium Press. Dom João conta, ainda, um pouco de sua trajetória, no discernimento vocacional.
 

O que representa a vocação sacerdotal para a Igreja e seus escolhidos?

A missão da Igreja é continuar a missão de Jesus Cristo, evangelizar e congregar o povo de Deus na comunidade eclesial. Fiel à tradição do novo testamento e dos primeiros séculos do cristianismo, a Igreja conta com muitíssimos servidores. E entre os ministérios escolhidos por eles, destaca-se o ministério dos sacerdotes (presbíteros e bispos). A vocação sacerdotal é de enorme importância para a Igreja, pois toda pessoa, que pelo batismo é chamada ao sacerdócio comum dos fiéis, conta com o serviço do sacerdócio ministerial para a vivência de sua fé, sobretudo na dinâmica sacramental. Neste sentido pode-se dizer que é essencial para o sacerdote estar a serviço dos cristãos fiéis leigos e leigas.

Como o senhor observa o mês das vocações para a Igreja no Brasil neste ano?

O mês das vocações é uma iniciativa muito interessante para o cultivo das vocações nas comunidades. É preciso que toda comunidade eclesial compreenda a vocação como a fundamental experiência humana de colocar-se diante das perguntas: Minha vida para quê? Para quem? Acredito que nos últimos anos tem havido menos investimento pastoral no mês das vocações, o que não deixa de ser lamentável. Por outro lado, florescem em muitas comunidades o Serviço de Animação Vocacional (SAV) ou a Pastoral Vocacional e de Ministérios. Toda iniciativa que ajude, sobretudo, os jovens no discernimento vocacional, há de encontrar todo nosso apoio.

O senhor poderia nos contar resumidamente qual foi a sensação que teve ao receber o chamado para o sacerdócio?

Não posso dizer que o meu chamado ao sacerdócio se deu em um único e exato momento. Percebi minha vocação enquanto participava da vida de minha comunidade de origem. Ali, desde os primeiros anos da catequese, como uma semente cultivada, iniciei um longo caminho que se tornou bem claro e decisivo quando estava já no seminário, concluindo a formação presbiteral inicial. Naqueles anos de final do curso de teologia eu senti a liberdade para responder ao chamado de Deus e pedi ao meu bispo que me admitisse para ser padre.  Fui aceito! Vivia naquele momento uma alegria interior de ter dado um passo decisivo e definitivo em minha vida.

Quais são as recomendações aos jovens e interessados em seguir a vida vocacional?

Cada jovem de fé – moça ou rapaz – precisa se colocar a possibilidade de ser chamado a uma vida de consagração a Deus na Igreja. Colocada a pergunta, é preciso aprofundar o discernimento. Para isto é fundamental a disposição para abrir-se ao diálogo com quem tem condições de escutar e colaborar no processo de discernimento que é sempre pessoal, custoso, profundo e libertador. Recomendo, pois, que não se tenha medo do discernimento. “Vocação acertada, futuro feliz!”. Se assim é, tonar-se mais importante ainda o empenho pelo discernimento vocacional.

Que mensagem o senhor deixa para os religiosos vocacionados?

Queridos jovens, Jesus Cristo continua chamando. É preciso escutá-lo e entrar em diálogo com Ele sem ter medo de lhe colocar a pergunta: “Senhor, que queres que eu faça?”.  A busca dessa resposta é o encontro com a vocação. Se Ele chama você para uma vocação de consagração na Igreja, Ele precisa de sua decisão para conduzir seus passos. Jovem, abra seu coração para a escuta de Jesus Cristo.



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