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Sínodo dos Bispos: Protagonismo dos leigos, das mulheres e os excluídos

Neste dia 4 de outubro, teve início a 2ª Congregação Geral da Assembleia do Sínodo sobre a Sinodalidade. Foram apresentados relatórios das cinco Mesas Linguísticas e mais 36 discursos livres sobre temas como carismas e ministérios, liturgia, diálogo com culturas e religiões.

As informações sobre o resultado da reunião foram passadas durante coletiva de imprensa diária na sala de imprensa vaticana pelo prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, e Sheila Pires, respectivamente presidente e secretária da Comissão para a Informação.

Nem todos os carismas devem ser ministérios

Durante o encontro, foi analisado o tema do papel das mulheres e dos leigos. Uma das reflexões destacou que as distinções são necessárias, salientando-se que que todos os carismas são importantes, e nem todos precisam necessariamente ser ministérios.

Papel e contribuição das mulheres

Alguns grupos foram solicitados a refletir se certas questões são apresentadas por moda e ideologias ou se há um verdadeiro discernimento eclesial. Também foi destacado que a dignidade da mulher é conferida a todo crente no batismo, enquanto que, sobre as ordens sagradas para as mulheres, foi solicitado aprofundar o estudo de certos ministérios, como o ‘ministério da consolação’, e não perder a ênfase sobre a contribuição das mulheres no passado e no presente.

Leigos, linguagem, face dos pobres

Algumas mesas linguísticas apontaram que, em alguns pontos do Instrumentum Laboris, os leigos são mencionados apenas algumas vezes, assim como a família “Igreja doméstica”. A relação entre as igrejas locais e as culturas também precisa ser aprofundada, porque cada igreja local é “forjada” por uma cultura. Nesse sentido, também foi mencionada a questão da linguagem, pedindo que ela seja simples e que sejam alteradas algumas formulações que são fruto de uma perspectiva eurocêntrica e ocidental.

Mais de 30 discursos livres

Após as cinco palestras, a congregação geral foi dedicada aos discursos livres. Trinta e seis no total, que variaram desde a importância dos leigos até a questão das mulheres.

Diálogo e escuta

Durante a apresentação dos discursos livres foi ressaltada a importância de desenvolver uma espiritualidade sinodal de escuta ativa, de proximidade e apoio sem preconceitos, mesmo daqueles que são diferentes.

Foi sugerido o tema “Ampliemos o espaço da tenda” e foi solicitado para escutar mais profundamente aqueles em condições de pobreza e sofrimento e as pessoas que se sentem excluídas da sociedade e da Igreja.

“Ampliar o espaço” na liturgia

Foi destacado que na Igreja não há um patrão, nem súditos. Há apenas um mestre – Jesus – e todos somos irmãos. O prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, disse que o ministro (sacerdote) preside, mas não é o único celebrante. Uma proposta foi que “na próxima liturgia comum dos membros do Sínodo, o espaço da tenda poderia ser ampliado”.

O Sínodo dos Bispos

A segunda e última sessão da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade começou no dia 2 de outubro, em Roma, e será vivenciada até o dia 27 de outubro. Desde 2021, o processo sinodal foi iniciado e propõe ao clero a reflexão de propostas para uma Igreja mais participativa e próxima do povo.

Os trabalhos da assembleia são orientados pelo texto-base do Instrumentum Laboris (IL) publicado no início de julho, inclusive em português. O documento – estruturado em cinco partes – está em continuidade com todo o processo sinodal iniciado em 2021 e apresenta propostas para uma Igreja cada vez mais “sinodal em missão”, mais próxima do povo, menos burocrática e na qual todos os batizados participem de sua vida. Entre os pontos de reflexão estão a valorização da mulher e a necessidade de transparência e prestação de contas.

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