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Sínodo dos Bispos “Desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”

A 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos começou nesta segunda-feira, dia 5 de outubro, com Missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Na ocasião, o Papa Francisco comentou a liturgia do dia, que recorda a imagem da vinha do Senhor, “projeto de Deus para a humanidade”. Ao relacionar a liturgia com o acontecimento do Sínodo, o pontífice afirmou que os participantes são “chamados a trabalhar na vinha do Senhor”.

Francisco disse ainda que as assembleias sinodais não servem para “para discutir ideias bonitas e originais, nem para ver quem é mais inteligente”, por outro lado, tem a função de “cultivar e guardar melhor a vinha do Senhor, para cooperar no seu sonho, no seu projeto de amor a respeito do seu povo”. O cuidado com a família, considerada parte integrante do desígnio de amor para a humanidade, será debatido no encontro a partir do tema “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”.

A formação de um povo santo que pertença a Deus e produza bons frutos é, segundo Francisco, o desejo do Senhor, e os 191 padres sinodais, que até o dia 19 de outubro discutirão sobre a família, devem ter seus pensamentos e projetos apontados para esta indicação. “Para cultivar e guardar bem a vinha, é preciso que os nossos corações e as nossas mentes sejam guardados em Cristo Jesus pela ‘paz de Deus que ultrapassa toda a inteligência’, como diz São Paulo”, lembrou o bispo de Roma.

No dia 6, as atividades tiveram início às 9h, com debate sobre “matrimônio e família”. Em um breve discurso de introdução, o Papa Francisco deu orientações aos padres sinodais sobre seus posicionamentos. “Falar claro é condição básica”, exortou. “Que ninguém diga ‘isso não se pode dizer, fulano pensará isso ou aquilo de mim’. É preciso dizer tudo o que se sente, a verdade sem temores”, afirmou.

Francisco contou que, em fevereiro, durante o último consistório, um cardeal escreveu para ele lamentando que nem todos os presentes tiveram coragem de dizer algumas coisas “por respeito ao papa, pensando que ele pensasse de forma diferente”.

“Isto não é certo, não é sinodalidade, porque os padres sinodais devem dizer tudo o que, no Senhor, sentem que têm que dizer, sem pavor. Ao mesmo, deve-se escutar com humildade e acolher, de coração aberto, o que dizem os irmãos. Com estas duas atitudes, se exerce a sinodalidade”, explicou o Papa.

O arcebispo de Budapeste, na Hungria, e presidente-delegado do Sínodo, cardeal Peter Erdo, apresentou o relatio ante disceptationem (relatório precedente ao debate). Ele recordou o Papa Paulo VI, quando afirmou que “a família não é só sujeito de evangelização, mas sujeito primário no anúncio da Boa Nova de Cristo”. Diante disso, considera ser necessária “a incessante compreensão e atualização do Evangelho da Família, e os problemas familiares mais graves devem ser considerados como ‘sinal dos tempos’”. O documento sugeriu “dar respostas reais e impregnadas de caridade aos problemas que, especialmente hoje, tocam a existência da Família”.



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