Sínodo do Bispos: Publicadas indicações para a 2ª Sessão da 16ª Assembleia Geral

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A Secretaria Geral do Sínodo publicou indicações sobre os passos a serem dados até a segunda sessão da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos bispos, que ocorrerá em Roma, em outubro de 2024. Nos próximos meses, o Relatório de Síntese da 16ª Assembleia Geral será um instrumento de trabalho fundamental, pois “reúne as convergências, as questões a aprofundar e as propostas que surgiram do diálogo” desenvolvido na primeira sessão do Sínodo.

Corresponsabilidade, articulação, criatividade

Seguindo o tema do Sínodo “Por uma Igreja sinodal: comunhão participação e missão”, para as Igrejas locais e Conferências Episcopais foi proposta uma pergunta orientadora para aprofundar a temática: como ser Igreja sinodal em missão?

As indicações da Secretaria Geral do Sínodo sugerem que “cada Igreja local é convidada a realizar uma nova consulta, determinando as modalidades concretas com base no que parece possível no tempo disponível”.

Dinamismo de comunhão

“Gostaríamos que os meses que nos separam da segunda sessão, em outubro de 2024, permitam a todos participar concretamente no dinamismo de comunhão missionária indicado pela palavra sínodo”, explicita o texto.

“Não tenhamos medo de responder”, diz o texto referindo-se ao apelo do Papa Francisco em 2015 para o “reforço das sinergias” em todos os âmbitos da missão da Igreja. Sobre a experiência sinodal vivida em Roma, os autores da Carta ao Povo de Deus destacam terem vivido um “tempo abençoado em profunda comunhão com todos”.

Os participantes no Sínodo dirigem-se a todos os irmãos e irmãs após um período de quase quatro semanas de uma “bela e rica experiência”, como é descrita na Carta. “Fomos sustentados pelas vossas orações, trazendo conosco as vossas expectativas, os vossos questionamentos, e também os vossos receios”, escrevem os participantes no Sínodo.

Escuta, discernimento, caminhar juntos

A Carta ao Povo de Deus recorda o “longo processo de escuta e discernimento” iniciado em outubro de 2021 que foi “aberto a todo o povo de Deus, sem excluir ninguém”. Um tempo para “caminhar juntos sob a guia do Espírito Santo”, como “discípulos missionários no seguimento de Jesus Cristo”.

“Foi uma experiência sem precedentes”, destacam os participantes na assembleia sinodal, sublinhando a especial participação de homens e mulheres. “Pela primeira vez, a convite do Papa Francisco, homens e mulheres foram convidados, em virtude do seu batismo, a sentarem-se na mesma mesa para participarem não só nos debates, mas também nas votações desta Assembleia do Sínodo dos Bispos”.

“Juntos, na complementaridade das nossas vocações, carismas e ministérios, escutamos intensamente a Palavra de Deus e a experiência dos outros. Utilizando o método do diálogo no Espírito, partilhamos humildemente as riquezas e as pobrezas das nossas comunidades em todos os continentes, procurando discernir aquilo que o Espírito Santo quer dizer à Igreja hoje. Assim, experimentamos também a importância de promover intercâmbios mútuos entre a tradição latina e as tradições do Oriente cristão. A participação de delegados fraternos de outras Igrejas e Comunidades eclesiais enriqueceu profundamente os nossos debates”, pode-se ler no texto.

O contexto mundial de crise marcou a reflexão dos membros da Assembleia, refere a Carta, salientando que na Assembleia sinodal foi dado “um importante espaço ao silêncio” para favorecer a escuta e o desejo de comunhão no Espírito.

“Dia após dia, sentimos um apelo à conversão pastoral e missionária. Com efeito, a vocação da Igreja é anunciar o Evangelho não se centrando em si mesma, mas pondo-se a serviço do amor infinito com que Deus ama o mundo”, pode-se ler no texto.

A Igreja precisa de escutar todos

“Para progredir no seu discernimento, a Igreja precisa de escutar todos, a começar pelos mais pobres. Isto exige um caminho de conversão, que é também um caminho de louvor”, escrevem os participantes da 16ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos bispos.

“A Igreja precisa de escutar os leigos, mulheres e homens, todos chamados à santidade em virtude da sua vocação batismal: o testemunho dos catequistas, que em muitas situações são os primeiros anunciadores do Evangelho; a simplicidade e a vivacidade das crianças, o entusiasmo dos jovens, as suas interrogações e as suas chamadas; os sonhos dos idosos, a sua sabedoria e a sua memória”, lê-se na Carta ao Povo de Deus.

Os participantes no Sínodo assinalam também a importância da “escuta das famílias, as suas preocupações educativas, o testemunho cristão que oferecem no mundo de hoje”.

Especial destaque na Carta ao Povo de Deus para a escuta dos “ministros ordenados: os sacerdotes, primeiros colaboradores dos bispos, cujo ministério sacramental é indispensável à vida de todo o corpo; os diáconos, que com o seu ministério significam a boa vontade de toda a Igreja ao serviço dos mais vulneráveis”.

 



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