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Ser discípulo e discípula de Jesus

Para que seguir Jesus Cristo? Hoje em dia, perguntamo-nos qual o sentido de seguir Jesus, de tê-lo como referência. A nossa experiência de fé é o motor que nos impulsiona para a busca da compreensão de como Deus se revela a nós.

Ser discípulo ou discípula é uma decisão urgente para fundamentar nossa identidade cristã, saber quem somos, qual é o nosso projeto de vida. Caminhando nos passos de Jesus, assim como fizeram os discípulos de seu tempo, é uma forma de se colocar no seu seguimento. O ponto de partida é a experiência de fé pós-ressurreição.  A fé remove montanhas. Pela fé, conseguimos enxergar uma realidade que não vemos, discernir o significado dos acontecimentos e redirecionar nossa vida.

Com Jesus aprendemos a ser discípulo. Nele se abre o horizonte de superação do mal e do sofrimento humano. Jesus é o caminho de plenitude do ser humano e, por ele, é possível nos realizarmos como pessoas.

Quando procuramos nos colocar no caminho de Jesus e seguir seus passos, percebemos as inúmeras contradições ensinadas por ele que até hoje nos provocam e nos desafiam. Como entender seus ensinamentos: “felizes os pobres, os que choram, os pacificadores”… Isto tudo só pode ser entendido quando também percebermos o grande amor que ele viveu até à cruz, livre de qualquer interesse. O nosso agir, no caminho do seguimento, também deve ser livre de qualquer interesse. Ajudar aos outros sem questionar recompensas. O amor doação resiste a todas as provas e transforma corações.

Jesus

Para ser discípulo ou discípula de Jesus precisamos conhecê-lo bem.  Então a pergunta: Quem é Jesus?

Saber quem é Jesus é uma descoberta pessoal. Os Evangelhos e a fé da Igreja o apresentam de maneira objetiva numa fé testemunhada por Maria, a primeira discípula, pelos apóstolos, as primeiras comunidades e todos os mártires e santos. Em cada evangelho encontramos Jesus como a comunidade do evangelista o vê, a partir de sua fé. Os evangelhos são o fruto da construção da vida comunitária e de expressão de sua fé no Messias crucificado e ressuscitado.

Nos evangelhos Jesus revela o Deus que ama e perdoa incondicionalmente os pecadores, salvando-os unicamente por amor. É o Deus que acolhe de volta o filho pródigo e faz uma festa para ele, que se alegra por ter reencontrado a moeda ou a ovelha perdida. É um Deus que quer amor e não sacrifícios, a profundidade do coração e não apenas ritualismos. Jesus nos revela o Deus da graça.

Jesus se revela ao nosso coração, ele nasce no coração de todos aqueles que creem nele e, através da graça do Espírito Santo que nos antecede e impulsiona nossos corações, podemos reconhecer Jesus.

Jesus Cristo é a fonte de tudo o que a Igreja crê. Ela, fiel a Jesus Cristo, coloca-se a serviço do Reino de Deus. Os Evangelhos apresentam o Reino como o centro da vida e da pregação de Jesus. O Reino de Deus é a pessoa de Jesus e sua mensagem. Ele mesmo é a chegada desse Reino. A Igreja é a comunidade de todos os que creem, ou seja, a comunidade dos discípulos missionários que respondem à pergunta: quem é Jesus Cristo? (Mc 8,27-29).

O discipulado tem seu fundamento na contemplação e no seguimento de Jesus. Diz: o Papa Francisco: “a melhor motivação para decidir comunicar o Evangelho é contemplá-lo com amor, é deter-se nas suas páginas e lê-lo com o coração” (EG, n. 264).

Quando nos unimos a Jesus encontramos nele a fonte geradora da vida de fé, de esperança e de amor que fortalece todo o nosso ser. Caminhando com ele, amadurece em nós uma disposição interior para a vivência da misericórdia, pois a questão da misericórdia é uma questão de coração, mas não se trata de sentimentalismo. Lembremo-nos que “coração” é, para a Bíblia, a sede do pensamento, das decisões mais íntimas. Por isso, ter “compaixão” ou “misericórdia” equivale a um movimento interior das vísceras que do íntimo nos levam a aproximar-nos do outro.

Que neste ano, ainda com muito cuidado, e todos e todas catequistas e catequizandos já vacinados, ao promover o retorno da catequese, o faça sem esquecer de todos os critérios que possibilita uma boa acolhida sem riscos. Acolher os nossos catequizandos como discípulos e discípulas da misericórdia de Deus, deixando fluir do nosso coração o amor que nos faz próximo do outro.

Solicitamos ainda, que como discípulos e discípulas de Cristo, vivendo a misericórdia de Deus, não percam de vista o caminhar das situações de riscos em relação ao Covid-19 e Ômicron. Não coloquemos os nossos catequizandos em risco.

Neuza Silveira de Souza, coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético da Arquidiocese de Belo Horizonte.



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