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Santuário da Padroeira de Minas Gerais se vê obrigado a suspender visitas às unidades de seu conjunto arquitetônico

A Arquidiocese de Belo Horizonte, por meio da Reitoria do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, informa aos fiéis, turistas, peregrinos e toda sociedade, com muito pesar, que as unidades de seu conjunto arquitetônico no ponto mais alto da Serra da Piedade serão fechadas no próximo final de semana (Estação da Piedade, Restaurante, Cafeteria, Casa de Hospedagem, Cripta São José, Basílica Estadual das Romarias e a Ermida da Padroeira de Minas Gerais – Basílica Nossa Senhora da Piedade). Uma decisão cristã e cidadã, para proteger, sobretudo, as pessoas. Importante informar ainda:  mesmo sem a presença de fiéis, o Santuário manterá a sua programação de celebrações, com transmissão pela TV Horizonte, Rádio América e redes sociais. 

 

Como é de conhecimento geral, em razão de notícias na mídia, o DER/MG, atendendo ao Ministério Público da Comarca de Caeté, exige que a estrada interna de acesso ao Santuário permaneça aberta, sem controle de acesso, o que inviabiliza o sistema de agendamento de visitas, controle de horário, do número de veículos e de pessoas, respeitando os limites do território – medidas que vinham sendo realizadas com sucesso há anos pela Arquidiocese de Belo Horizonte.

Como também é de conhecimento geral, no último final de semana, a ausência de controle levou à depredação do conjunto arquitetônico e a congestionamentos. Muitas pessoas, com seus veículos, percorreram e estacionaram em áreas de preservação, oferecendo riscos à fauna e à flora, e ainda se submetendo a perigos, considerando as muitas rochas nas proximidades – uma situação insustentável.

O Santuário, Monumento Natural, é unidade de conservação ambiental de propriedade da Arquidiocese, que abriga raras espécies de animais e plantas, além de bens histórico-culturais, tombados pela União, pelo Estado e pelo Município. Preservá-lo como patrimônio privado de interesse público é um dever que a Igreja Católica vem cumprindo há séculos. Prova disso é que, com o controle de acesso, milhares de pessoas, antes da pandemia, o visitavam todos os anos, de forma sustentável e segura.

No entanto, em razão da lastimável dificuldade de muitas pessoas, de distinguir o que é um bem privado de interesse público do que é um bem estatal de uso comum, tornou-se impossível conciliar o turismo, peregrinações e a preservação, o que nos leva a essa indesejada, mas inevitável decisão pelo fechamento. Esperamos que o diálogo e o bom-senso, o mais rapidamente possível, voltem a prevalecer, e o conjunto arquitetônico no alto da Serra volte, brevemente, a acolher fiéis e turistas, com segurança e sustentabilidade, cumprindo a sua importante vocação.

 



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