Sacerdotes, diáconos e leigos da Arquidiocese de Belo Horizonte foram recebidos pelo arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo e bispos auxiliares para a 106ª Assembleia Geral do Clero, nesta terça-feira, 16 de maio, na Catedral Cristo Rei. O Encontro foi um especial momento para partilhas, oportunidade para avaliar e planejar os caminhos da Igreja Particular de Belo Horizonte, buscando sempre fortalecer o anúncio do Evangelho, a partir das comunidades de fé, pastorais, instituições e instâncias arquidiocesanas. O Encontro do clero refletiu sobre o tema “Comunhão, Participação e Missão – por uma Igreja Sinodal.”
Saudação do arcebispo
A Assembleia começou com a oração inicial, seguida de saudação do arcebispo dom Walmor. Na sequência, a Assembleia Geral do Clero dedicou-se ao tema do Encontro. O bispo auxiliar dom Joel Maria dos Santos e a professora Lucimara Trevizan, assessora Episcopal do Vicariato Episcopal para Ação Pastoral, apresentaram os próximos passos para o caminho sinodal na Arquidiocese de Belo Horizonte. Dom Joel recordou que essa é uma exortação do Papa Francisco e sublinhou que estamos no caminho para essa construção. Dom Joel lembrou da importância do planejamento pastoral nesta caminhada e introduziu a cartilha Comunhão, Participação e Missão, por uma Igreja Sinodal, apresentada posteriormente pela professora Lucimara Trevizan.
Em seguida dom Joaquim Mol conduziu reflexão sobre os desafios e os caminhos para a Igreja na jornada sinodal. Dom Mol sublinhou que o Sínodo avança, em meio a dificuldades, e se referiu à Comunhão, Participação e Missão como palavras-chaves que tornam possível a Igreja Sinodal: “São três palavras que apontam para as ações que precisam ser feitas para que a igreja seja sinodal , elas não estão separadas.” Dom Mol destacou a importância da Participação de todos, sacerdotes e leigos. Lembrou que a Comunhão implica a adesão a uma nova forma de vivência da fé, o que inclui o diálogo ecumênico. A Participação pressupõe promover a descentralização; a missão aponta em quatro direções principais: testemunho de vida, pregação da palavra, catequese e a celebração litúrgica. “A prática sinodal da Igreja é uma maneira de inovar surpreendente, com a força e a beleza do Evangelho”, observou.
A professora Lucimara Trevizan detalhou proposta da cartilha partilhada com o clero que traz sugestões muito interessantes para a realização de três encontros com as comunidades de fé. Uma síntese das reflexões serão enviadas ao Conselho Pastoral Paroquial. As reflexões estarão presentes também no Encontro Arquidiocesano de Pastoral a ser realizado no dia 18 de novembro. O primeiro encontro irá tratar sobre “A comunhão para a vida da Igreja.” O segundo encontro reflete sobre “a participação na vida da Igreja” e a terceira e última reunião irá tratar sobre a “Missão, Razão de ser da Igreja.” Lucimara Trevizan explicou que as reflexões devem ocorrer também no Conselho Pastoral Paroquial, no Conselho Pastoral da Região Episcopal, no Conselho Pastoral Arquidiocesano, nos Vicariatos Especiais.
Os desafios para se colocar em prática os princípios, Comunhão, Participação e Missão foram refletidos por todos os padres reunidos, que se organizaram em grupos. Ao retomarem a plenária para a consolidação do que foi discernido nos grupos, os sacerdotes ofereceram contribuições para a caminhada sinodal da Igreja.
Após as apresentações, o Comitê Gestor da Mitra apresentou balanço orçamentário, compartilhando também informações sobre o Fundo de Solidariedade. Foram apresentadas informações também sobre os formatos possíveis para aquisição pelas paróquias do Novo Missal Romano que deverá ser usado por toda a Igreja a partir do primeiro domingo do Advento deste ano, 2023.
Antes da conclusão da Assembleia Geral do Clero, foi apresentada uma homenagem ao arcebispo dom Walmor pelo seu jubileu de prata, 25 anos de dedicação ao Povo de Deus. O Frei Luiz Antônio Pinheiro, representando o clero, leu uma bonita carta onde recordou momentos da vida do nosso arcebispo, desde que chegou à Arquidiocese de Belo Horizonte. Seu primeiro encontro com o arcebispo foi marcado pelo olhar vivo e alegre, o aperto de mão e o abraço fraterno, recordados no texto com carinho, gratidão e comunhão.
Homenagem ao jubileu de prata
Ao fim da Assembleia Geral do Clero, o Coral e Orquestra Emaús (Core) apresentou canções em homenagem ao jubileu de prata de dom Walmor, que agradeceu a todos os presentes: “Desde que entrei nessa aventura de ser bispo nunca mais tive sossego na minha vida. E este desassossego tem uma possibilidade sempre bonita, e é um desejo que se renova em meu coração de transformar em serviço, em alegria de servir, em fraternidade. Obrigado pela lembrança, pelas homenagens, orações e obrigado de modo muito especial por sermos esta Igreja, a qual privilegiado, fui colocado como primeiro servidor. Obrigado pelas contribuições importantes e bonitas de hoje e que nós sejamos uma Igreja Sinodal.”