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Respeito à Igreja: não às mentiras

Caros irmãos e irmãs,

A Arquidiocese de Belo Horizonte foi vítima de uma notícia falsa. Na internet foram veiculadas informações mentirosas com um abaixo assinado virtual incitando os fiéis a se oporem à solidariedade  entre as Paróquias.

Em atenção e respeito a cada fiel, esclarecemos:

1) Foi dito que os fiéis não saberão onde seus recursos estão sendo aplicados.

Isto é uma grande mentira. A transparência administrativa é e sempre será a marca da Arquidiocese de Belo Horizonte. Aqui levamos a sério o preceito evangélico: presta conta da sua administração (Lc 16,2). Para cuidar e sustentar todas as Paróquias da Arquidiocese (são quase trezentas!) neste tempo da pandemia – e também quando a nova normalidade chegar – está nascendo, com a participação de todos os padres, uma proposta de mais solidariedade entre paróquias. O fiel é chamado a contribuir com a sua Paróquia, pois é lá que as pessoas vivem e celebram a fé. A receita de cada paróquia será partilhada de modo a garantir a vitalidade de todas as comunidades da Arquidiocese. Se houver partilha e generosidade, ninguém ficará desassistido.
Cada paróquia vai elaborar mensalmente o seu orçamento e receberá o fruto do seu trabalho para desenvolver seus projetos sociais, evangelizadores, bem como suas obras e reformas.
A ideia é justamente aperfeiçoar a destinação de recursos, para que seja possível ajudar mais as comunidades paroquiais empobrecidas.
Os recursos das paróquias serão gerenciados pelos Conselhos Administrativos, onde padres e leigos atuam em estreita comunhão com os organismos da Arquidiocese.
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2) Foi dito que os Padres não podem se manifestar contra o decreto por obediência aos seus superiores

Outra absurda inverdade. Não há decreto e sim uma proposta que está sendo partilhada, debatida, com os próprios padres. É similar ao que ocorre no contexto de uma família. Todos participam das importantes decisões, que podem ser desafiadoras, mas necessárias. De modo semelhante ao que ocorre no contexto familiar, alguns podem não concordar com o que é decidido, mas é preciso preservar a união, haver respeito e fraternidade.

3) Foi dito que é o fim da meritocracia – padres atuantes que conseguem mobilizar obras e projetos seriam prejudicados, os recursos por eles angariados seriam distribuídos conforme desejo da Arquidiocese.

Esta afirmação revela total desconhecimento da gestão da nossa Igreja, feita com a atuante participação de conselhos, que fiscalizam, orientam, decidem. Não existe “desejo da Igreja”, “desejo desta ou daquela pessoa”. A gestão dos recursos será a partir do orçamento de cada paróquia, de seus dizimistas, de seu planejamento, e refletida a partir de conselhos arquidiocesanos, paroquiais, comunitários, inclusive com a representação dos fiéis leigos. Além disso, é preciso considerar: Os católicos não podem olhar apenas para o lado da chamada “meritocracia”. Há de se agir também pela perspectiva da solidariedade. Uns ajudando os outros.

4) Foi dito que a Gestão Solidária desestimula o desenvolvimento/crescimento da Paróquia.

Outra mentira deslavada. A fé nos ensina a agir com corresponsabilidade, zelar pelo outro, que é irmão. O católico deve dar exemplo nesse sentido. A esses que se dedicam ao ódio, à disseminação de notícias falsas, torna-se oportuno retomar a lição dos apóstolos, que consolidaram as bases da Igreja: “Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum”. Esse princípio fraterno, narrado no Livro Atos dos Apóstolos, contribuiu para que a Igreja superasse perseguições – muito mais vorazes do que as atuais – e permanecesse viva.

5) Foi dito que a Igreja irá perder arrecadação.

Trata-se de absoluto “achismo”. Além disso, a Igreja em Belo Horizonte reitera a sua posição, em comunhão com o Papa Francisco: não servir ao dinheiro.  Incentivar disputas entre padres, competição entre paróquias, para ver quem arrecada mais, nunca foi o objetivo. O principal é reforçar ainda mais o entendimento de que a solidariedade deve nortear todas as relações, principalmente na Igreja, que deve servir de exemplo.

6) Foi dito que a Gestão Solidária é falta de coerência – o destino dos recursos localmente angariados não seriam mais gastos conforme as demandas locais. Cada centavo a ser gasto necessitaria de autorização prévia da Arquidiocese.

Outra afirmação completamente mentirosa. Cada fiel poderá doar para campanhas específicas, a serem promovidas por suas comunidades paroquiais, para o amparo emergencial aos pobres, a compra de equipamentos, a reforma de espaços. Sempre houve e continuará existindo o absoluto respeito à vontade do fiel que apresenta a sua oferta. Cada fiel, no ato de sua oferta, poderá indicar a sua destinação.



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