A máxima “No seu coração cabe mais um” é o ponto de partida do Serviço de Famílias Acolhedoras do Município de Belo Horizonte. O objetivo é sensibilizar a sociedade para o amparo a crianças e adolescentes até os 18 anos, afastados de suas famílias por medida de proteção e que são recebidos por famílias acolhedoras cadastradas. Depois de determinado tempo, crianças e adolescentes voltam a sua própria família ou são encaminhados para adoção.
Implantado há quatro anos pela Prefeitura Municipal, o serviço é desenvolvido, desde agosto de 2011, pela Arquidiocese de Belo Horizonte, por meio da Pastoral do Menor, vinculada ao Vicariato Episcopal para Ação Social e Política. Maria Margareth Pereira, coordenadora da iniciativa, esclarece que as atividades da equipe são divulgar, selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras. Também é feito o acompanhamento da criança e do adolescente acolhido e de sua família de origem.
Durante o ano de 2012, foram realizadas atividades de seleção, entrevistas, palestras, encontros, visitas domiciliares e capacitações. O trabalho inclui ainda o acompanhamento psicossocial da criança e da família acolhedora, das famílias de origem ou da família extensa (familiares como tios, avós, primos), bem como a articulação com o sistema de garantia de direitos e a rede de serviços socioassistenciais, de educação e saúde.
Acolhidos e reintegrados
Dezessete crianças e adolescentes participaram do programa desde outubro de 2008. Dois estão reintegrados na família de origem; três, na família extensa; cinco, em famílias substitutas, com fins de adoção; seis foram encaminhados para acolhimento institucional.
Até o momento, 631 famílias acessaram o serviço, demonstrando interesse em acolher crianças; 14 foram habilitadas desde o início do programa. Atualmente, 8 famílias estão aptas a receber crianças e adolescentes até os 18 anos, afastados de seus lares por medida de proteção.