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Projeto “Arte para todos” leva oportunidade de reinserção social a detentos


Apresentação da banda “Além dos Muros” com a dupla  “Antônio Carlos e Renato, na Igreja de S. Francisco
 

Projeto “Arte para todos”, presente em 45 unidades prisionais, com o apoio da Arquidiocese de BH, conclui atividades do ano com a gravação do CD Reciclando Vidas. Cantores de renome nacional como o padre Fabio de Melo, Antônio Carlos e Renato, Cris do Vozes do Morro, Tom de Minas, Eros Biondini, Paulinho Pedra Azul, Paulão e Lu realizaram, junto com os detentos,  o trabalho de composição e gravação. O objetivo é complementar as ações de ressocialização do preso, como importante instrumento de apoio à educação.

O Projeto é da Associação Arte pela Paz que surge a partir do apoio do Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte, por meio da Providência Nossa Senhora da Conceição, que contribuiu desde o início para que este e outros projetos fossem colocados em prática.

Parte da renda obtida com a venda do CD será revertida para a manutenção de uma equipe de psicólogos que atende crianças, adolescentes e jovens oriundos de diversos lugares e situações.

A pré-divulgação do CD será durante o show do Padre Fabio de Melo, em Belo Horizonte, mas o lançamento oficial ocorrerá no evento Festival BH na paz,  em 2014, na Orla da Pampulha, quando serão comemorados os 71 anos da Igrejinha de São Francisco de Assis.

O apoio do Vicariato garante ao projeto recursos do convênio com a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS), supervisionado pela Diretoria de Ensino e Profissionalização de Presos, e que conta com todo o apoio da diretora do órgão, Sandra Regina Lopo Madureira. “Esta é uma importante oportunidade para a Igreja estar presente nas unidades prisionais cumprindo seu papel de evangelizar, pois no fechamento de cada aula de música realizamos um momento de reflexão e oração com os presos”, conta o diretor da Associação Arte pela Paz, Anderson Alves Martins.
 


Gravação do CD Reciclando Vidas

Reconstruindo vidas

Hoje, Aos 35 anos, Fernando Egídio Matos abandonou a rotina que manteve durante 17 anos, envolvido com o tráfico de drogas. Foi na APAC Santa Luzia (Associação para a Proteção e Assistência aos Condenados) que ele conheceu o  “Arte para todos” .  Hoje, assistente administrativo da Associação Arte pela Paz , ele também é professor de música nos presídios.

 

“Hoje ajudo as pessoas a reconstruírem suas vidas, faço o contrário do que fazia antes”

“Resgatei coisas que havia me esquecido como a música e os antigos valores. Hoje ajudo as pessoas a reconstruírem suas vidas, faço o contrário do que fazia antes,  e mostro a elas que é possível a reintegração na sociedade. Não É fácil, leva um tempo até as pessoas acreditarem que a gente conseguiu mudar, mas vale a pena.  Faço exatamente o contrário do que fazia antes”, conta Fernando Egídio. ”Podendo ajudar as pessoas a encontrarem um bom caminho, não economizo esforços para ajudar, mas tudo depende da vontade do preso”.

 

Para Anderson Martins, diretor da Associação, “é gratificante  poder ser a presença da igreja viva em comunhão e atender ao  que nosso arcebispo, dom Walmor sempre nos orientou e que o Papa Francisco vem afirmando desde que assumiu o pontificado. É grande a alegria que se sente por estar no caminho certo, vivemos como educadores e missionários ao mesmo tempo”.  

Arquidiocese de BH: participação ativa no “Arte para todos”

O Projeto “Arte para todos” reúne 20 educadores numa ação que abrange 2 mil detentos. Trabalho que começou a dar frutos e deixou animado o vigário episcopal para a Ação Social e Política, padre Ademir Ragazzi, ao assistir a apresentação da banda “Além dos muros”, formada por músicos da Penitenciária Nelson Hungria, uma amostra da gravação do CD Reciclando Vidas.  “A qualidade musical foi comprovada por uma reação muito positiva do público. A apresentação funcionou como uma espécie de prova final que só veio a confirmar que se está  no caminho certo”.

“A igreja tem a consciência
de que evangelizar é dar ao preso a oportunidade de viver com dignidade todos os meandros que envolvem a existência humana”

O trabalho é acompanhado de perto pela Arquidiocese de Belo Horizonte, por meio do Vicariato.  E Padre Ademir avalia como excelentes os resultados obtidos pelo Projeto. “Um caminho importante que vai se ampliando e que traz para nós grande alegria. Abre a possibilidade de atuação direta da sociedade organizada naquilo que, em princípio,  é função do governo, neste caso, o sistema prisional. Uma rica experiência que serve até mesmo de modelo para outros estados”.

 

A parceria do Vicariato para a Ação Social e Política com a Associação Arte pela Paz , segundo o vigário episcopal, padre Ademir Ragazzi, se consolidou no âmbito de um convênio com a Secretaria de Defesa para o combate e a prevenção ao abuso de drogas. “Por meio da atuação conjunta com a Associação Arte pela Paz buscamos acompanhar os projetos e motivar ações no campo social para que essa estrutura  também preste um bom serviço de evangelização”.

 

 

 

 Gislane, Mariana e Arine, alunas do sistema prisional que participaram da gravação do CD  Antônio Carlos e Renato  com a banda Além dos Muros

 



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