Com exposição de arte e manifestações culturais, o Centro Pop, coordenado pelo Vicariato para a Ação Social da Arquidiocese de BH, celebra os 20 anos de serviços à população em situação de rua, na quarta-feira, dia 26 de outubro de 2016. Os trabalhos artísticos foram produzidos por pessoas que têm o Centro Pop como referência e o dom de transformar em arte a mesma criatividade desenvolvida na superação dos desafios diários de viver nas ruas da cidade grande.
Conhecido também como Projeto Cidadania, o Centro Pop é um serviço desenvolvido pelo Vicariato Episcopal para Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte em parceria com o poder público, tendo por objetivo reconstruir a história das pessoas em situação de rua e proporcionar-lhes melhor qualidade de vida.
Localizado na região central de Belo Horizonte, o Centro Pop oferece um espaço para que homens e mulheres em situação de rua possam cuidar da higiene pessoal – tomar banho, lavar roupas e guardar os seus pertences. São promovidas atividades socioeducativas que possibilitam a inserção dos moradores em situação de rua no cenário sociopolítico e cultural da cidade. Há oficinas de ambientação, de criação, de esportes, de música, de capoeira e de vídeo comentado. Diariamente, o Centro Pop oferece refeições.
O coordenador, Aluizio Guimarães, explica que ao utilizar esse serviço pela primeira vez, a pessoa em situação de rua é cadastrada e o educador social que a acolhe procura conhecer sua história, o principal motivo que a levou para as ruas, buscando identificar como pode ser útil a essa pessoa. “O Centro Pop é de fundamental importância por ser local onde a população em situação de rua sabe que poderá ser acolhida de maneira humanizada e ética. Um serviço que supre demandas reais e urgentes, mas que também procura incentivar e possibilitar novas conquistas a essas pessoas tão vulneráveis socialmente”. Além de resgatar a identidade das pessoas, segundo Guimarães, o projeto fortalece a autoestima . “Aqui todos têm um endereço fixo e p0odem recebem contatos para o trabalho. Alguns têm conseguido receber familiares. A perspectiva de mudança se torna uma realidade”, diz o coordenador.