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Pastoral reflete sobre avanços e desafios

 

Lideranças da Pastoral do Povo da Rua apresentarão os  avanços e os desafios do trabalho realizado no último ano, na  3ª Assembleia Arquidiocesana,  que será realizada neste sábado, dia 15 de março. Também serão celebradas as conquistas da caminhada na busca pela dignidade e promoção da cidadania junto à população em situação de rua e catadores de materiais reciclável.

Segundo Claudenice Rodrigues Lopes, membro da coordenação colegiada da Pastoral, a Assembléia será oportunidade para mostrar que os moradores de rua devem ser vistos como “sujeitos de sua própria história e não apenas como objeto de assistencialismo”.  Ela explica que a ação pastoral busca desenvolver atividades junto à essas pessoas, visando transformar a qualidade de suas vidas. Reconhecendo-as como sujeitos de sua ação, a equipe desenvolve programas de atendimento aplicando a metodologia participativa.

 Entre os desafios que serão tema de reflexão durante o evento,  estão a  superação de ações que visam a exclusão da população de rua do ambiente urbano, sem busca de soluções para seus problemas; a ampliação dos serviços de atendimento e realização de políticas públicas contemplando setores  como, por exemplo, saúde e habitação.  A humanização e qualificação dos serviços de atendimento e a garantia da presença profética e propositiva da Igreja junto à população em situação de rua são questões que estarão presentes nas discussões.  Outra preocupação das lideranças refere-se à qualificão da ação Pastoral e fortalecimento do sentimento de pertença por parte dos agentes da Pastoral.

A conquista da cidadania

De acordo com Claudenice, há muito a comemorar, desde o ano de 1987, que marcou o início dessa ação pastoral na Arquidiocese de Belo Horizonte, quando uma equipe de agentes pastorais, animados pela mística das Irmãs Oblatas de São Bento, buscou estabelecer novas relações com os Catadores de Papel e moradores em situação de rua da cidade.

“As ruas, marquises e viadutos foram os primeiros locais de reuniões e encontros. A força da resistência venceu a dureza do asfalto e emergiram organizações e direitos. Rompendo com práticas assistencialistas e apostando no protagonismo e organização das pessoas em situação de rua,  o trabalho apoiou-se na mobilização de diferentes grupos que foram conquistando seu espaço e lugar na sociedade”, lembra Caudenice.

Fruto de uma ação que tem por objetivo garantir autossutentabilidade, a população de rua conta com instituições como a fundação da Asmare ( Associação dos Catadores de Material Reaproveitável); a Associação Moradia para Todos, constituída de moradores e ex-moradores em situação de rua, que desde 1996 tem sido espaço de discussão e luta por moradia e, ainda, a conquista de serviços públicos: República Reviver, Centro de Referência da População de Rua, Ambulatório Carlos Chagas, e Creche para os filhos dos catadores, junto ao Orçamento Participativo, a partir da luta e organização da população de rua. “Muitas outras conquistas alavancadas neste processo imprimiram novo olhar na política de acolhida a esta população, que passou a participar ativamente na organização do Fórum da População de Rua, da organização do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável e do Movimento da população de Rua”, observa Claudenice.

Serviço:

3ª Assembleia Arquidiocesana da Pastoral do Povo da Rua
LOCAL: Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política (Rua Além Paraíba, 208 – Lagoinha – BH)
DATA: 15 de março
Inscrições e informações pelos telefones: (31) 3428-8002   ou (31) 3428-8366.

 



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