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Pastoral de Rua organiza donativos para o envio a Mariana

Pessoas que vivem nas ruas da Capital Mineira e integram a Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte, de modo solidário, ajudaram a organizar donativos destinados às vítimas do desabamento de barragem no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana.  Na quinta-feira, dia 12 de novembro, os voluntários se reuniram em frente ao Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte e iniciaram a organização dos donativos. Roupas, brinquedos, água, produtos de limpeza e higiene pessoal, alimentos não perecíveis, deixaram dois caminhões repletos. Ao todo, duas toneladas de donativo foram enviadas à Mariana.

 

Integrante da diretoria do Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte, o padre Paulo César da Silva explica que as doações enviadas para as vítimas do desastre ocorrido no distrito de Bento Rodrigues são fruto da solidariedade do povo mineiro, que, durante todo o ano, contribui para o trabalho da Acolhida Solidária Dom Luciano Mendes de Almeida, da Arquidiocese de Belo Horizonte. A Acolhida Solidária oferece ajuda emergencial às pessoas que sofrem – moradores de rua, dependentes químicos, mulheres vítimas de violência, pessoas doentes.  O sacerdote destacou a dedicação das pessoas que vivem nas ruas, lembrando que, embora não tenham bens materiais para partilhar, oferecem o seu trabalho como gesto de solidariedade.

 

Ao chegarem à Acolhida Solidária Dom Luciano Mendes de Almeida, os voluntários foram recepcionados com um café da manhã.  Daniel Cruz, desempregado, com entusiasmo se dedicava ao serviço de organizar os mantimentos nos caminhões. Ele diz que não possuir bens materiais não justifica a falta de solidariedade. “Diante do que aconteceu na região de Mariana, cada pessoa deve buscar um jeito de ajudar”, diz.

 

O também voluntário Tarcísio Morais, também desempregado, lembra que o morador de rua sabe a dor de não ter uma casa onde morar. “Para muitos de nós, poucas peças de roupa e uma mochila é tudo”, comenta.  Ele ressalta que as pessoas que vivem nas ruas são solidárias e se ajudam nos momentos de dificuldade. “Um morador de rua doente, muitas vezes, só pode recorrer a outro morador. Sempre partilhamos o pouco que temos”, comenta Tarcísio, que desde a semana passada vem ajudando a separar os donativos.

 

Os dois caminhões com a ajuda humanitária ao povo atingido pelo rompimento da barragem partiram com os donativos na quinta, dia 12.



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