Fotos: Pastoral da Juventude
Olhar para a realidade dos regionais e dioceses foi uma das ações realizadas pelos delegados da Amplida Nacional da Pastoral Juventude, reunidos de 19 a 26 e janeiro, no Recanto Marista, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A partir de trabalho em grupo, e apresentação de resultados de sondagem realizada no ano passado, os participantes da Ampliada finalizaram o bloco VER. Trata-se da primeira etapa da metologia “VER-Julgar-Agir” utilizada para a avaliação da caminhada da PJ nos últimos três anos e elaboração de diretrizes para o próximo triênio.
Divididos em seus regionais, jovens e assessores tiveram a tarefa de apontar, em um mapa, a atual situação da realidade da PJ em sua localidade. Destacaram, por dioceses, a existência ou não de grupos de PJ, coordenação diocesana, assessoria diocesana ou dioceses onde não se tem contato. Após um olhar coletivo para o mapa dos regionais, Padre Toninho, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, apresentou seu olhar sobre a realidade a partir de visita aos regionais.
No momento seguinte foi apresentado aos delegados um recorte do resultado da sondagem realizada aos regionais e dioceses em preparação à Ampliada. No segundo semestre de 2013 foram aplicados dois instrumentos para se fazer um diagnóstico da realidade da PJ e contribuir com as discussões da ANPJ. Segundo Joaquim Alberto, membro da Comissão Nacional de Assessores, todos os 18 regionais da CNBB responderam à sondagem. Ele lembrou que apenas o regional Oeste 1, por estar em processo de articulação, respondeu parcialmente. Quanto às dioceses, das 262 existentes 158 responderam à sondagem.
Como resultado da pesquisa, foram mapeados 9183 grupos de jovens de PJ, em 2675 paróquias. A sondagem também identificou que dessas paróquias, 1765 têm coordenação de PJ, mas 1641 não tem assessoria e acompanhamento.
Mapeamento aponta realidade da PJ nos Regionais e Dioceses
Para além do número de grupos, a sondagem, também identificou os desafios e avanços dos Regionais e Dioceses.
Entre os dados coletados, foi identificada a existência de coordenação (arqui) diocesana em 145 e a ausência em outras 18, das 158 que responderam os questionários.
Desafios das dioceses:
• Sustentabilidade financeira
• Visitas às dioceses do Regional
• Efetivação dos Projetos Nacionais
• Clareza dos papéis de coordenadores e assessores
• Manter a formação das dioceses
• Diálogo com o Setor Juventude
• Apoio das dioceses
Desafios dos regionais:
• Assessoria e acompanhamento às dioceses – extensão territorial, acesso e quantidade de dioceses
• Sustentabilidade – conseguir projetos financeiros
• Formação de lideranças
• Fazer com que os jovens conheçam e assumam a identidade da PJ
• Clareza dos papéis e comprometimento da Coordenação e da Assessoria Regionais
• Ausência de assessores regionais
• Continuidade dos processos nos Regionais e Dioceses
• Diálogo com padres responsáveis pela juventude nas dioceses
• Falta de reuniões sistemáticas da coordenação ampliada do Regional
Avanços das dioceses:
• Criação de novos grupos de base
• Fortalecimento da identidade: Somos Igreja Jovem
• Formação de lideranças jovens e assessores
• Rede de assessores
• Inserção e participação sociopolítica dos jovens
• Projeto financeiro
• Presença nos Conselhos Municipais e Estaduais de Juventude
Avanços dos regionais:
• Articulação das dioceses e províncias
• Unidade entre dioceses
• Visita da Coordenação e Assessoria Regionais na maioria das dioceses
• Conhecimento da realidade das dioceses
• Envolvimento das dioceses na construção da ARPJ
• Harmonia na CRPJ
• Acompanhamento e atividades de formação nas dioceses e prelazias
• Plano Trienal
Jovens fazem o resgate histórico de suas caminhdas
Fotos: Pastoral da Juventude
Assessores participam, com os jovens, do processo de resgate histórico de suas caminhas na PJ |
Resgate da história, partilha de vida e olhar para a realidade são marcas do segundo dia da Ampliada Nacional da Pastoral da Juventude. Realizada em Ribeirão das Neves/MG até o próximo domingo, a reunião dos jovens e assessores da PJ é um espaço de avaliação e deliberação das ações e caminhada da pastoral.
No contexto da celebração dos 40 anos da Pastoral da Juventude e de avaliação do caminho feito, o momento da manhã de terça-feira na ANPJ foi espaço para ver os passos dados na evangelização da juventude. Entre histórias, sorrisos e lágrimas, as quatro décadas da Pastoral da Juventude foram contadas por Hilário Dick, padre jesuíta, Ângela Falqueto, religiosa Salesiana – ambos ex-assessores do Setor Juventude da CNBB, 1981-1983 e 2003-2006, respectivamente – e Lourival Rodrigues, assessor do Cajueiro – Centro de Formação, Assessoria e Pesquisa em Juventude.
“A história não são datas. Entra na história. Eu estou nessa história”, afirmou Dick emocionado. Em sua partilha, Hilário disse que um dos desafios da PJ não é a auto-referência, mas a autonomia e o protagonismo negados a ela. O Padre Jesuíta, que há mais de 40 anos acompanha e assessora grupos de jovens, é considerado história viva da Pastoral e muito estimado pelos jovens. “Hilário nós amamos você” – falou Janaína Sales, Coordenadora Nacional da PJ pelo Regional Nordeste 2, ao final da fala do Padre.
Ângela Falqueto fez memória de sua caminhada pastoral e vocacional para falar da história da Pastoral da Juventude. “Eu sou uma mulher abençoada, sou da época de Puebla. Sou dos grupos ainda antes de Puebla”, lembrou Ângela. A religiosa que hoje atua como missionária no Amazonas, afirmou que foi a partir da sua experiência de grupo de jovens que nasceu sua vocação religiosa e que é por causa da PJ que decidiu dedicar sua vida à evangelização da juventude. “Foi no grupo de jovens que decidi seguir Jesus Cristo. Eu assumi o trabalho com a juventude porque fiz uma opção e coloquei no meu projeto de vida”, enfatizou Ângela.
Resgatando a metodologia de trabalho da Pastoral da Juventude, Lourival Rodrigues afirmou em sua partilha que o modelo VER-JULGAR-AGIR, herdado pela PJ, é uma maneira que a pastoral encontrou para intervir no mundo. “É o seguimento a Jesus que nos impulsiona a intervir e mudar a realidade. Não podemos ficar alheios”, disse o assessor que entre lembranças, cartazes e canções passeou pela história.
FONTE: Secretaria Nacional da PJ