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Pastoral da Criança: infância resgatada

Grande parte das ações sociais desenvolvidas pela Arquidiocese de Belo Horizonte são coordenadas pelo Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política, coordenado pelo Padre Ademir Ragazzi. O Vicariato concentra todas as pastorais sociais da Arquidiocese. Uma delas é a Pastoral da Criança, cujo objetivo é promover o desenvolvimento integral de crianças até seis anos de idade, com ações preventivas de saúde, nutrição, cidadania e educação.

Na Arquidiocese de Belo Horizonte, 1.843 líderes, treinados por capacitadores da Pastoral da Criança, atendem mensalmente a 7.253 crianças. As ações são divididas em sete setores que englobam a capital e 27 munícipios da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
 

Na Arquidiocese de Belo Horizonte, 1.843 líderes, treinados por capacitadores da Pastoral da Criança, atendem mensalmente
a 7.253 crianças.

A metodologia conta com três grandes momentos de interação: os líderes fazem visitas mensais às famílias acompanhadas; há um momento da celebração da vida, no qual as famílias se reúnem para celebrar as crianças que estão saudáveis e para se ajudar mutuamente quando estão em dificuldades; e a reunião de reflexão e avaliação, quando líderes de uma mesma comunidade se encontram para refletir sobre as ações e avaliar o trabalho realizado.

Durante as visitas às famílias, os líderes compartilham conhecimentos sobre nutrição, higiene, cidadania, gestação, prevenção, educação infantil, entre outros. “Os líderes observam o que pode ser mudado. Quando é verificado que há crianças com baixo peso, o trabalho é redobrado e as visitas são intensificadas”, explica Rita Jardim Carnevalli, coordenadora da Pastoral da Criança da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Todas as visitas são catalogadas em formulários padrão e os dados são encaminhados ao Ministério da Saúde. De posse das estatísticas, o governo pode adotar outras medidas para melhorar a saúde de toda a população.
 

Desde 1990, o Brasil reduziu em 73% a mortalidade entre as crianças de até seis anos.  E a Pastoral da Criança contribuiu decisivamente para esse resultado.

Relatório divulgado em setembro de 2012 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) comprovou a eficácia desse trabalho, após a constatação de que o Brasil conseguiu, com quatro anos de antecedência, atingir as metas estipuladas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para índices de mortalidade infantil. Desde 1990, o Brasil reduziu em 73% a mortalidade entre as crianças de até seis anos. E a Pastoral da Criança contribuiu decisivamente para esse resultado,
 

 A Pastoral da Criança da Arquidiocese de Belo Horizonte promove ainda ações complementares. São iniciativas que contribuem para o desenvolvimento das comunidades, como eventos, brincadeiras, palestras, exibição de vídeos, entre outras. Entre elas, há o incentivo ao uso do soro caseiro para combater a desidratação entre as crianças; estímulo ao parto normal; conscientização sobre a importância do leite materno para a saúde das crianças e das mães; combate à hanseníase.

Há também campanhas educativas sobre a importância dos primeiros mil dias para a saúde da criança: estudos científicos mostram que os cuidados nos primeiros mil dias de vida podem contribuir de forma efetiva para a saúde da pessoa ao longo de sua vida; e sobre a saúde do bebê.

Cresce número de líderes


 
Aliana Aparecida Silva e Gleiciane Lourdes Silva Honório 

Em Belo Horizonte, o número de líderes tem crescido. Coordenador regional do centro da Pastoral da Criança, o pedagogo Luiz Gustavo Honório acompanhou o trabalho de líderes desse organismo de ação social em sua residência e simpatizou com a causa.

Morador do Conjunto Palmital, em Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Luiz observou os cuidados que os líderes tinham com a saúde de sua irmã e atentou para as instruções repassadas para a sua mãe durante as visitas domiciliares.
 

“Trocamos experiências em
família e estamos ajudando a
transformar
a vida de muitas crianças”

Atualmente, a irmã do coordenador, Gleiciane Lourdes Silva Honório, de 14 anos, é líder mirim da Pastoral das Crianças e sua mãe, Aliana Aparecida Silva, coordenadora. “Trocamos experiências em família e estamos ajudando a transformar a vida de muitas crianças”, diz Aliana Silva. Um dos garotos assistidos por ela, P.R.S., possuía intolerância à lactose e baixo peso. Com uma mudança na dieta, o garoto, hoje com três anos, está bastante saudável.



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