O cuidado com os pequeninos é a prioridade da Paróquia São Bernardo, situada no bairro São Bernardo, região norte de Belo Horizonte. A Pastoral da Criança atende 150 crianças das três comunidades de fé que integram a paróquia: São Tomás de Aquino, Nossa Senhora das Graças e São Pedro.
Uma vez por mês essas crianças são visitadas em suas casas, por 12 líderes da Pastoral e quatro crismandos que, antes de concluírem a formação para receber o sacramento da confirmação, acompanham e participam de uma das pastorais da Paróquia. Geralmente, essas visitas ocorrem uma semana antes da Celebração da Vida, quando se reúnem para serem pesadas, partilhar os acontecimentos de suas vidas, rezar e brincar.
O acompanhamento das crianças que há 20 anos era direcionado a problemas de desnutrição e baixo peso, segundo a coordenadora da Pastoral da Criança no Âmbito da Paróquia São Bernardo, Adriana Gomes da Silva, passou um bom tempo dando especial atenção ao sobrepeso – a obesidade tornou-se endêmica. Mas hoje, a Pastoral da Criança lida com outra situação: a enorme carência afetiva demonstrada por meninos e meninas. Um tema que já está em estudo para que seja tratado com eficácia. Mas sempre que aparecem problemas psicológicos ou de saúde física, as crianças são encaminhadas ao posto de saúde, pois uma das responsabilidades dessa Pastoral é orientar o cidadão sobre o uso dos equipamentos públicos, a exemplo das unidades de saúde.
Aproximar-se cada vez mais das famílias é uma das iniciativas responsáveis pelo êxito da Pastoral, sempre considerando a realidade local e as necessidades das famílias. Assim, a Celebração da Vida ganhou novo formato, indo aonde as crianças estão, não mais reunindo-as na igreja, o que impossibilitava a participação de um maior número de meninos e meninas. Agora, os encontros acontecem nas pracinhas, campos de futebol e outros lugares públicos das comunidades, perto de suas casas.
Além das iniciativas diretamente relacionadas à saúde, a Pastoral aproveita os encontros com a criançada para resgatar brincadeiras antigas, como jogar bola, pular corda, participar da corrida de saco e de limão na colher. Algumas atividades como amarrar a perna de um menino à de outro para que eles se ajudem numa corrida, é uma dinâmica que visa cultivar atos de solidariedade e cooperação. As brincadeiras, em geral, de acordo com Adriana, incentivam a socialização e o respeito a regras sociais, além de manter os pequeninos, por algumas horas, longe dos jogos digitais.