Como viver o Jubileu da Esperança? Movidos por esta interpelação, os integrantes do Conselho Pastoral Arquidiocesano se reuniram, de modo telepresencial, para partilhas sobre o planejamento dedicado ao Ano Jubilar 2025. O encontro foi oportunidade para também avaliar o Ano das Juventudes, vivido na Arquidiocese de Belo Horizonte em 2024. Durante a reunião, o Secretariado Arquidiocesano de Liturgia atualizou informações sobre a finalização do Diretório Litúrgico da Arquidiocese de Belo Horizonte. A pauta do Conselho Pastoral Arquidiocesano contemplou ainda discernimentos sobre o Encontro Arquidiocesano de Pastoral, o Calendário Arquidiocesano e a respeito da Live dedicada à Novena de Natal.
Na abertura da reunião, o arcebispo dom Walmor Oliveir de Azevedo partilhou palavras de incentivo, complementando o especial momento de oração conduzido pela assistente episcopal do Vicariato Episcopal para Ação Pastoral (Veap), professora Lucimara Trevizan. Depois, o vigário episcopal do Veap, padre Filipe Gouvêa, apresentou iniciativas que serão desenvolvidas no Ano Pastoral Jubilar 2025 – “Cristo Nossa Esperança”. Os muitos subsídios tradicionalmente preparados pela Arquidiocese de Belo Horizonte serão orientados à vivência do Ano Jubilar 2025, que auxiliará as comunidades de fé na preparação para a realização da 7ª Assembleia do Povo de Deus, prevista para 2026. A abertura do Ano Jubilar será no próximo dia 29 de dezembro, na Catedral Cristo Rei, com conclusão no dia 28 de dezembro de 2025, no mesmo mês, às 10h30, em celebração na Catedral. O Veap apresentou dicas para auxiliar os padres a vivenciarem o Ano Jubilar nas comunidades paroquiais:
- Qualificar os mutirões de confissão – com celebrações penitenciais na Quaresma e em outros momentos do ano.
- Organizar celebrações comunitárias com a Unção dos Enfermos.
- Vivenciar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
Para as foranias, o Veap propõe a organização de catequeses sobre a esperança. A Comissão de Subsídios do Veap vai auxiliar as foranias na realização das catequeses. Nas regiões episcopais, planeja-se a realização de retiros semestrais para leigos, a serem organizados pelo conselho pastoral de cada região episcopal. Os santuários da Arquidiocese de Belo Horizonte devem também organizar catequeses sobre a esperança, além de promover especiais peregrinações, considerando a singularidade de cada um.
A Comissão Arquidiocesana de Escolas Católicas (Caec) vai organizar reflexões e promover um simpósio sobre a esperança, envolvendo institutos de Filosofia e Teologia, universidades e escolas católicas. O Jubileu com as Juventudes terá marcante momento na peregrinação das juventudes ao Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais, com organização do Secretariado Arquidiocesano da Juventude (SAJ). Ainda no campo das juventudes, planeja-se criar canal de comunicação para produções dos jovens sobre a esperança, a exemplo de pequenos vídeos, envolvendo Assessoria de Comunicação e Marketing, TV Horizonte, Rádio América e Pastoral da Comunicação.
Com a articulação do Vicariato Episcopal para Ação Social, Política e Ambiental (Veaspam), a Arquidiocese de Belo Horizonte intensificará a sua ação solidária, apresentando também à sociedade o serviço da Igreja dedicado aos pobres – um importante sinal de esperança. O Setor Ambiental do Veaspam planeja realizar a Romaria pela Ecologia Integral da Arquidiocese de Belo Horizonte em uma região do Centro da Capital. Propõe, ainda, a consolidação de uma “paróquia verde”, totalmente planejada nos parâmetros da sustentabilidade, e a ampliação da iniciativa Semeadores da Laudato Si’. Com o auxílio da Pastoral da Educação, a Campanha da Fraternidade 2025, dedicada à Ecologia Integral, será vivenciada nas escolas.
Um chamado especial é direcionado ao Diaconato Permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte, que deve levar a temática da esperança para as suas iniciativas missionárias. No Convivium Emaús, dentre outras ações, serão organizados retiros a partir do tema do Ano Jubilar 2025.
Ao concluir sua apresentação, padre Filipe Gouvêa enfatizou que todas as iniciativas voltadas ao Ano Jubilar 2025 precisam estar em consonância com o Projeto de Evangelização da Arquidiocese de Belo Horizonte – Proclamar a Palavra.
Na sequência da reunião do Conselho, o bispo auxiliar dom Joel Maria dos Santos compartilhou informações sobre o desenvolvimento do novo diretório litúrgico da Arquidiocese de Belo Horizonte, que está em fase conclusiva e será apresentado em dezembro. Daniel Reis, do Secretariado Arquidiocesano de Liturgia (SAL), destacou a atualização abrangente do diretório, explicando ainda que o documento não exclui a importante formação contínua promovida nas comunidades de fé. Ainda sobre a Liturgia, padre Filipe Gouvêa explicou que a nova configuração do SAL é fruto de atenta escuta dos representantes de todas as regiões episcopais.
O Conselho Pastoral Arquidiocesano teve a oportunidade de conhecer iniciativa planejada pela Pastoral do Dízimo, dedicada às juventudes. Renata Senhorinha, da Pastoral do Dízimo, disse que está sendo preparado um subsídio e planejada uma formação exclusivos para as juventudes. O vigário do Setor Social do Veaspam, padre Roberto Rubens, também informou que ações estão sendo desenvolvidas para promover a aproximação dos jovens dos projetos sociais mantidos pela Igreja. As iniciativas da Pastoral do Dízimo e do Veaspam são frutos do Ano das Juventudes, vivido neste 2024 pela Arquidiocese de Belo Horizonte. Um balanço sobre este ano foi apresentado pelo Secretariado Arquidiocesano da Juventude.
Dom Walmor e o bispo auxilar dom Júlio César Gomes Moreira refletiram sobre o desafio da aproximação entre a Igreja e os jovens. Dom Júlio partilhou sobre o testemunho de um jovem motorista de UBER, que relatou ter sido salvo das drogas pelo Encontro de Jovens com Cristo (EJC). Dom Walmor concluiu a reunião com uma palavra fraterna e oração.
Ano Jubilar 2025 – Peregrinos da Esperança
O Ano Santo 2025, com o tema “Peregrinos da Esperança”, foi convocado pelo Papa Francisco, a partir da bula “Spes non confundit” (A esperança não confunde). Será um Jubileu vivido em todo o mundo, momento especial de renovação espiritual e celebração da misericórdia divina. Os fiéis são chamados a refletir sobre o valor da esperança em um mundo marcado por desafios e incertezas, e a fazer uma peregrinação – jornada interior em busca de renovação e encontro com Deus. O Jubileu da Esperança também incentiva a reconciliação, a conversão pessoal e a solidariedade, promovendo a paz e o perdão, enquanto os peregrinos são convidados a testemunhar a fé com esperança ativa e renovada.
A primeira referência a um Ano Jubilar está na própria Bíblia: o ano jubilar tinha que ser convocado a cada 50 anos (cf. Lv 25,8-13). Foi proposto para convocar a humanidade a restabelecer uma correta relação com Deus, entre as pessoas e com a Criação. O Papa Bonifácio VIII, em 1300, proclamou o primeiro Jubileu, também chamado de “Ano Santo”, porque é um tempo no qual se experimenta que a santidade de Deus transforma o ser humano. A sua frequência mudou ao longo do tempo: no início era a cada 100 anos; passou para 50 anos em 1343 com Clemente VI e para 25, em 1470, com Paulo II. Também há jubileus “extraordinários”: por exemplo, em 1933, Pio XI quis recordar o aniversário da Redenção e, em 2015, o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia.
