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Particularidade das novas gerações é debatida no 27º Congresso Internacional da Soter

 

O tema Religiosidade, Trânsitos e Permanências no Século XXI: particularidades das novas gerações foi debatido pela professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Sílvia Regina Alves Fernandes, durante o 27º Congresso Internacional da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter). A palestra aconteceu nesta quarta-feira, no campus Coração Eucarístico.

Segundo a professora, não se pode dizer que a juventude é homogênea e exclusiva, mas, sim, heterogênea. “Por conta dessa diversidade, muitas vezes, os adultos tendem a tratar a juventude como problema, usando como referência os jovens da década de 1960. Porém temos que desconstruir esse sentido, essas percepções prévias. É preciso perceber a juventude como canal para mudança social e potencial agente de transformação de uma determinada sociedade”. 

 

 
É preciso perceber a juventude como canal para mudança social e potencial agente de transformação de uma determinada sociedade”

Dois grandes eventos ocorridos no Brasil, no ano passado, para a professora, representam bem a juventude no País: as manifestações ocorridas em junho e a vinda do Papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude. “No primeiro, havia reinvindicações dos direitos e solicitações de mudanças em várias dimensões. O segundo movimento possuía um clima de festa, de tranquilidade e de solidariedade”. Sendo assim, Sílvia Fernandes reafirmou que os jovens não possuem modelos, mas percebe-se neles uma necessidade de orientação, no caso do Papa, por exemplo, se referindo a pessoas não católicas que estavam presentes na jornada para ver o pontífice.

Para a professora, com essas mobilizações no campo religioso e político as ruas se tornaram palco das demandas juvenis específicas, mesmo sem ter havido um projeto de nação desenhado: “Considerar os jovens como problema é perder a chance de produzir questionamentos sobre suas atitudes e condições existenciais e de olhá-los de forma consensual e situados em uma cultura rarefeita”.
 

O congresso acontece até esta sexta-feira, dia 18, com o tema Espiritualidades e Dinâmicas Sociais: memória – prospectivas. O objetivo é refletir sobre a participação das espiritualidades, de maneira geral, nas religiões e nas igrejas, de forma particular, e nas dinâmicas sociais, tanto do passado quanto do presente. Serão realizadas conferências, debates, reuniões, grupos de trabalhos e fóruns temáticos, entre outras atividades. O evento é direcionado a teólogos, cientistas da religião e pesquisadores de áreas afins do Brasil e de outros países.

O arcebispo dom Walmor participou da abertura do Congresso Internacional da Soter e também da Conferência da Rede Internacional de Sociedades Católicas de Teologia (INSeCT), que tem como tema “Natureza, lugar e função da teologia: inovações da teologia latino-americana”, e faz parte do Congresso. Dom Walmor preside, no sábado, Celebração Eucarística que marca o encerramento da Conferência.

O evento é uma parceria da Soter com a PUC Minas, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje), e patrocínio das editoras Edições Loyola, Santuário, Cebi, Vozes, Editora PUC Minas, O Lutador, Paulinas, Paulus e Fonte Editorial. 



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