Missa da Unidade
Fiéis vão se reunir no Mineirinho
A Missa da Unidade, uma das mais importantes celebrações da Semana Santa, será no próximo dia 28, às 9 horas, no Ginásio do Mineirinho. O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte dom Walmor Oliveira de Azevedo presidirá a celebração que será concelebrada pelos bispos auxiliares dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, dom Luiz Gonzaga Fechio, dom Wilson Luís Angotti Filho, dom João Justino de Medeiros Silva e por todo clero. Paróquias de toda a Arquidiocese organizam caravanas.
Originalmente, a Missa da Unidade era o momento de reconciliação dos penitentes com a comunidade de fé. Durante a Missa, são abençoados os óleos utilizados no Batismo, na Confirmação e na Unção dos Enfermos e os padres renovam as promessas sacerdotais. Nesse momento, os presbíteros confirmam junto ao bispo titular – em Belo Horizonte, o arcebispo metropolitano dom Walmor – o compromisso de servir a Igreja como fiéis colaboradores do ministério episcopal. Por isso, esse momento caracteriza-se como uma grande ação de graças a Deus pela instituição do ministério sacerdotal na Igreja.
Caravanas para a Missa da Unidade
Todos os anos, fiéis das paróquias que integram a Arquidiocese de Belo Horizonte se reúnem em caravanas para participar, na Quinta-feira Santa, desse momento de celebração e fé que exprime a comunhão entre o bispo, presbitérios e o povo.
Paróquias como a São José e São José da Lapa, tradicionalmente, organizam grandes grupos para participar da Missa da Unidade. Segundo o administrador paroquial, padre Rubens Sérgio Nascimento de Araújo, sempre saem dois ônibus e uma van levando em torno de cem pessoas para o Ginásio do Mineirinho. “O clima é de festa para celebrar a unidade da Arquidiocese”, conta o sacerdote.
Todos os anos pelo menos um ônibus da Paróquia Nossa Senhora das Graças é contratado para levar os paroquianos à Missa da Unidade. “Nosso convite tem grande resposta do povo. Além de lotar o ônibus, grande parte das pessoas vai de carro próprio, levando a família ou de carona com os vizinhos, o que é também muito proveitoso. O transporte fica mais em conta e promove a integração e a solidariedade entre as pessoas”, comenta o vigário frei Giovanni Gigio. Aqueles que desejarem ir de ônibus devem procurar os coordenadores da comunidade a que pertencem para garantir vaga.
Frei Giovanni, que é natural de São João Del Rei, ficou admirado ao ver como os católicos de Belo Horizonte participam da celebração. “Achei muito interessante como essa Missa é apresentada ao povo, de modo que todos vivenciam o sentido de unidade da Igreja em prol do Evangelho”.
A organização da caravana, na Paróquia Nossa Senhora da Mercês, bairro Lago Azul, onde Frei Giovanni Gigio também é administrador paroquial, está sob a responsabilidade do Apostolado da Oração. Logo, os interessados em reservar vaga no ônibus deverão entrar em contato com algum integrante do movimento.
A maioria das paróquias da Arquidiocese procuram facilitar o deslocamento dos fiéis para o Mineirinho. Para obter informações, é só procurar a secretaria paroquial.
O significado dos Santos Óleos
O óleo é citado nas sagradas escrituras em vários momentos. É descrito como símbolo da alegria (Sl 44,8) e de consagração a Deus, em vista da realeza, do sacerdócio ou de uma missão profética (Ex 29,7). O ungido por excelência é o Messias, o Cristo, que é o Rei, o Sumo Sacerdote e o Profeta. Sinal de consagração, o óleo também torna os cristãos mais atuantes e mais fortalecidos na luta contra o mal, na missão e nos momentos de fragilidade física e espiritual.
Na Liturgia da Igreja, são três os “Santos Óleos”: O dos Enfermos, o dos Catecúmenos e o Óleo do Crisma.
O Óleo dos Catecúmenos concede a força do Ressuscitado aos que serão batizados, para que possam como Cristo, serem fortalecidos contra o mal. O batizando é ungido com o Óleo dos Catecúmenos no peito, pelo presidente que diz: “O Cristo Salvador te dê a tua força. Que ela penetre em sua vida como este óleo em seu peito”.
O Óleo dos Enfermos, utilizado na Unção dos Enfermos, proporciona conforto e a força do Espírito Santo, no momento de sofrimento físico e espiritual. O doente é ungido na fronte e na palma das mãos, com as palavras: “Por esta santa unção e pela sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo (Amém). Para que liberto dos seus pecados ele te salve e na sua bondade alivie os teus sofrimentos (Amém)”.
O Óleo do Crisma é perfumado e utilizado nas seguintes unções consecratórias: depois da imersão nas águas do batismo, o batizando é ungido na fronte; na Confirmação é o símbolo principal da consagração, também na fronte; após a Ordenação Episcopal, sobre a cabeça do novo bispo; depois da ordenação presbiteral, na palma das mãos do novo padre.
Também é usado em outros ritos, como na dedicação de uma Igreja, na consagração de um altar, quando o Santo Crisma é espalhado sobre o altar e sobre as cruzes de consagração, que são colocadas nas paredes laterais das igrejas consagradas. Em alguns ritos orientais, também os ícones são ungidos com o Crisma.