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Paróquia Santa Catarina Labouré: voluntários oferecem alimento para o corpo e o espírito

 

A fome ainda faz parte da realidade de milhares de brasileiros e, em muitos casos, vem acompanhada da dependência química, da desestruturação familiar e da exclusão social. 

 

Há quem prefira a comodidade de culpar políticos ou criticar o sistema econômico – reflexão válida, mas que não resolve o problema de imediato. Os que realmente fazem a diferença são aqueles que decidem agir, desafiando o egoísmo com a solidariedade.

 

Essa é a atitude dos voluntários da Paróquia Santa Catarina Labouré, no bairro Dona Clara, em Belo Horizonte. Organizadas em quatro equipes, 30 pessoas servem um sopão  no refeitório do centro social, duas vezes por semana, aos mais necessitados da região. Com a mesma frequência,  saem pela cidade levando  o alimento aos moradores de rua.

 

Um dos coordenadores da ação social da paróquia, Afonso Pereira do Nascimento, conta que o trabalho começou em 2001, quando ainda havia na região a favela do Vietnã. “Era uma área muito carente às margens da Avenida Cristiano Machado, na altura do bairro Primeiro de Maio. Em um pequeno cômodo oferecíamos lanche e sopa, além de uma minibiblioteca e  brinquedos. Com a expansão da avenida, as pessoas foram retiradas de lá, e então construímos o centro pastoral, que passou a assumir todo esse trabalho”.

 

Muitas vezes eles não querem conversar e resistem a nos ouvir. Então evangelizamos primeiro com nosso testemunho. É um trabalho de formiguinha .

Na rua, os voluntários distribuem 800 litros de sopa por mês, sanduíches e água gelada, fazendo de cada encontro uma oportunidade para evangelizar. Eles enfrentam o desafio de alimentar o corpo e o espírito daqueles que perderam seus lares pelos mais variados motivos. “O mais difícil é estabelecer contato com os dependentes químicos. Muitas vezes eles não querem conversar e resistem a ouvir falar de Deus. Então evangelizamos primeiro com nosso testemunho. É um trabalho de formiguinha”, revela Afonso Nascimento.

 

As conquistas, no entanto, são compensadoras. Os voluntários vibram quando encontram com pessoas assistidas por eles e que conseguiram sair das ruas.  A gratidão delas se manifesta em forma de doação para o projeto social da Paróquia Santa Catarina Labouré. Segundo o coordenador,  são gestos que emocionam  após dias e dias de incansável maratona, que inclui até mesmo internação de alguns em casas de recuperação para dependentes químicos.

 

Além de levar alimento aos mais necessitados, o Centro Pastoral oferece atendimento psicológico, fisioterápico,  atividades para a terceira idade, e  jiu jitsu, que conferiu destaque à paróquia na terceira etapa do Campeonato Mineiro com os primeiros colocados: Ana Clara Borges Pena e Caio Júlio Pereira. Lucas Henrique Caixeiro  e Anilson Rogério Rodrigues, também integrantes da Paróquia, conquistaram o segundo lugar.
 

 

 



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