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Pais, imagem de Deus

Creio que quanto mais conheço, amo e conformo-me ao Senhor Deus, mais expresso aos meus filhos a Imagem do Deus Verdadeiro. E isso é fruto de uma intensa procura do Senhor, uma busca incessante. Busco-O na Eucaristia, na meditação da Palavra, na confissão, na contemplação, na adoração… Mas busco-O não só quando estou rezando. Procuro estar sempre em oração, ou seja, ter Deus em minha mente em todos os momentos: enquanto trabalho, dirijo, auxilio as crianças em um trabalho escolar, enquanto me divirto… É possível ter Deus em nosso coração e mente a maior parte do tempo. Na verdade, é muito gratificante, porque Deus se deixa alcançar. Deus permite que experimentemos sua presença viva conosco. Acredito que esse seja o caminho para espelharmos dentro de casa o amor misericordioso de Deus.

Mas, talvez, você esteja se perguntando qual a grande necessidade de ser uma imagem de Deus para os filhos, já que ele tem outros modelos como os santos, a Igreja, os padres, os religiosos… Percebo que mais do que uma necessidade, essa tarefa é uma obrigatoriedade para aqueles pais que creem em Deus e desejam conduzir seus filhos na fé. Nossos filhos exigem de nós coerência e isso é justo e bom. Precisamos ser coerentes com a fé que professamos.
 

É claro que não alcançaremos a perfeição de Deus, mas será que
me esforço para mostrar uma face bondosa, presente, amorosa, acolhedora de Deus? Será que me recordo da importância da coerência de meus atos na construção da fé de
meus filhos?

Recentemente, escutei meu filho adolescente: “Mãe, a senhora me decepcionou.” E eu respondi: “Sim, filho. Eu tenho falhas e erros, só Deus nunca vai te decepcionar.” Naquele momento, contemplando seu semblante, não me recordo as palavras exatas que ele disse, mas ficou claro para mim que ele desejava expressar naquele diálogo que como mãe eu me pareço com Deus e que ele espera de mim o mesmo que espera de Deus. É claro que não alcançaremos a perfeição de Deus, mas será que me esforço para mostrar uma face bondosa, presente, amorosa, acolhedora de Deus? Será que me recordo da importância da coerência de meus atos na construção da fé de meus filhos?

Erros são incontáveis, mas se tenho meu olhar fixo em Deus, tenho esperança e modelo. Sei que posso contar com a graça do Senhor que me auxilia sempre. Testemunhei recentemente para uma jovem diante de seus medos: “Eu não nasci mãe, mas a partir do momento que o Senhor me concedeu um filho, Ele também me cumulou de graças e virtudes para bem exercer essa missão.” Portanto, meus caros, não há o que temer, mas há muito que se buscar: conhecimento, intimidade e amor de Deus.

Deus é fiel e nos ajudará a construirmos uma família cheia de ternura e amor, uma verdadeira imagem da comunhão trinitária. Amém.

 

Anajúlia Gabino
Consagrada da Comunidade de Vida



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