Na audiência geral, o Papa Francisco retomou a catequese sobre a família , refletindo sobre as consequências da ausência do pai. “O conceito de pai parece estar em crise”-disse.
O Papa começou analisando a palavra pai, com termo que possui um sentido universal e é muito caro aos cristãos. “ Jesus nos ensinou a chamar assim a Deus e usava a palavra Pai para manifestar a sua relação especial com Ele”.
Hoje, porém, sobretudo na cultura ocidental, a figura do pai está simbolicamente ausente. No início, isso foi visto como uma libertação do pai-patrão, autoritário e censor da felicidade dos filhos. Antigamente, lembrou o Papa, era comum um certo autoritarismo; muitos pais tratavam seus filhos como escravos e não respeitavam sua autonomia, exigências pessoais; não os ajudavam a crescer em liberdade.
“Com o tempo, isso foi mudando de um extremo para o outro”, prosseguiu Francisco. “O problema hoje não é mais a presença invasiva dos pais, mas a sua ausência: estão “foragidos”, concentrados em si mesmos. Deixam sós os filhos pequenos, na sensação de orfandade”. O Papa revelou que quando era Arcebispo de Buenos Aires sentia isso nas crianças e jovens e perguntava a seus pais se tinham tempo para os filhos, se tinham coragem e amor suficientes para brincar ou conversar com eles.
“A ausência do pai é muito nociva às crianças e aos jovens, produz lacunas e feridas que podem ser muito graves; e sem perspectivas e valores, eles ficam vazios e propensos a buscarem ídolos que preencham os seus corações” – afirmou (Confira, aqui, a síntese da catequese do Papa Francisco).
Durante a semana, o Santo Padre também divulgou a mensagem para a Quaresma.
27 de janeiro
NÃO À GLOBALIZAÇÃO DA INDIFERENÇA– FORTALECEI OS VOSSOS CORAÇÕES