Padre Júlio César Amaral é o vigário episcopal para o setor social do Vicariato Episcopal para Ação Social Política e Ambiental (Veaspam) da Arquidiocese de BH. Ele é o nosso convidado da Dica Literária desta semana e partilha a indicação de um livro muito oportuno, especialmente, quando a nossa amada Arquidiocese comemora o seu Jubileu Centenário. “A Arquidiocese de Belo Horizonte e sua presença pública social e política” é o sexto volume da coletânia “História da Arquidiocese de Belo Horizonte.” O livro foi escrito pelos historiadores Caio César Boschi e frei Luiz Antônio Pinheiro – OSA, editado pela PUC Minas.
Nesta Dica Literária, sem desconsiderar a riqueza de cada um dos volumes que buscam fazer memória e registro da história de nossa Arquidiocese, Padre Júlio explica sua recomendação aos sacerdotes: “Este sexto volume tem a importância de trazer presente o impacto da atuação de nossa Igreja na sociedade, de 1921 até os dias de hoje, contribuindo para a construção de um mundo melhor e a edificação do Reino de Deus.”
Como lembra padre Júlio, as leituras que fazemos estimulam nossa capacidade de reflexão, bem como elevam nosso espírito, nos mantendo em diálogo com questões e desafios da condição humana e da história. O título indicado “A Arquidiocese de Belo Horizonte e sua presença pública social e política” faz parte de uma coletânea de onze volumes, seis já publicados e outros cinco a serem, no contexto do marco do centenário da Arquidiocese de Belo Horizonte. “Como ponto interessante desta obra destaco o rico trabalho de pesquisa que nos permite perscrutar a história, possibilitando dialogar com o passado, o presente e o futuro, aprendendo com a atuação de muitas pessoas, em diferentes contextos, por meio da história que vai sendo tecida na interação dos cristãos com a sociedade”, recomenda. “Destaco também o belo trabalho dos coordenadores e historiadores Frei Luiz Antônio e Prof. Caio César, bem como dos professores que contribuíram com a pesquisa e a redação dos artigos deste volume.”
O caminho da leitura
Padre Júlio César começou a ler ainda menino. O seu envolvimento com os livros aconteceu de modo gradual: “Desde pequeno escutava histórias bíblicas e infantis, lidas pelos meus pais, passando pela leitura destas histórias por mim mesmo e a indicação da escola, culminando com a formação no seminário, de modo especial nos cursos de filosofia e teologia”, recorda.
Atualmente padre Júlio tem se concentrado nos títulos de sua área de formação. Dentro de suas leituras frequentes, um dos autores que admira é o monge beneditino Anselm Grün, por conseguir falar coisas profundas com palavras simples. “O autor também relaciona diferentes disciplinas nos seus escritos, numa perspectiva existencial ligando a teoria com a vivência das pessoas”, ressalta. Como todo bom leitor, padre Júlio tem um título que já leu várias vezes e compartilha: “A parábola do Pai misericordioso”, de Álvaro Barreiro – SJ – Edições Loyola. “Este livro marcou minha vida na virada do milênio. Já li várias vezes e utilizei em retiros que fiz e orientei.”