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Os documentos da Igreja sobre equipes de liturgia

A Instrução Geral do Missal Romano, documento introdutório do ritual das Celebrações Eucarísticas, propõe nos artigos 107-110 verdadeira e correta distribuição das funções na liturgia. Mas deduz-se claramente do artigo 111 a existência de uma equipe de Liturgia quando afirma:

A preparação prática de cada celebração litúrgica, com espírito dócil e diligente, de acordo com o Missal e outros livros litúrgicos, seja feita em comum acordo por todos aqueles a quem diz respeito, seja quanto aos ritos, seja quanto ao aspecto pastoral e musical, sob a direção do reitor da igreja e ouvidos também os fiéis naquilo que diretamente lhes concerne. Contudo, ao sacerdote que preside a celebração fica sempre o direito de dispor sobre aqueles elementos que lhe competem.


Neste artigo a Instrução propõe:

Que se deve (a equipe) trabalhar em espírito de docilidade, diligência e de comum acordo entre os ministros (aqueles a quem diz respeito, seja quanto aos ritos, seja quanto ao aspecto pastoral e musical, sob a direção do reitor da igreja,…);

Que a preparação tem em vista a prática celebrativa. Isto é, o modo de celebrar deve ser coerente com o rito da Igreja expresso pelos livros litúrgicos;

Tal preparação deve estar atenta aos aspectos pastorais. Entenda-se aqui o papel e a presença do reitor da Igreja ou sacerdote que pode dispor sobre aqueles elementos que lhe competem;

O aspecto musical é explicitamente citado, dada a sua importância na liturgia;

Os fiéis devem ser ouvidos quanto ao que lhes concerne. A instrução não especifica neste artigo o que seja.

Contudo, noutra parte, a Instrução Geral do Missal Romano ensina o que concerne ao Povo de Deus: como podemos ver nos parágrafos que seguem:

95. Na celebração da Missa os fiéis constituem o povo santo, o povo adquirido e o sacerdócio régio, para dar graças a Deus e oferecer o sacrifício perfeito, não apenas pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com ele, e aprender a oferecer a si próprios. Esforcem-se, pois, por manifestar isto através de um profundo senso religioso e da caridade para com os irmãos que participam da mesma celebração.
Por isso, evitem qualquer tipo de individualismo ou divisão, considerando sempre que todos têm um único Pai nos céus e, por este motivo, são todos irmãos entre si.

96. Formem um único corpo, seja ouvindo a Palavra de Deus, seja tomando parte nas orações e no canto ou, sobretudo, na oblação comum do sacrifício e na comum participação da mesa do Senhor. Tal unidade se manifesta muito bem quando todos os fiéis realizam em comum os mesmos gestos e assumem as mesmas atitudes externas.
 

97. Os fiéis não se recusem a servir com alegria ao povo de Deus, sempre que solicitados para algum ministério particular ou função nas celebrações.

Para refletir e partilhar:

Qual a mística que envolve a participação dos fiéis na celebração?
Que aspectos práticos podemos deduzir desses artigos da Instrução?

Pe. Danilo dos Santos Lima
Liturgista



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