A Catedral Metropolitana de Pouso Alegre (MG) ficou repleta: arcebispos, bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, evangelizadores leigos, de diversas cidades do Brasil, se reuniram para a Missa Solene em que dom Edson José Oriolo dos Santos foi ordenado bispo. A celebração, presidida pelo arcebispo de Diamantina, dom João Bosco Óliver de Faria, teve também como bispos ordenantes o arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, e o arcebispo de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado, CSsR. Entre os concelebrantes estavam os bispos auxiliares da Arquidiocese de Belo Horizonte, dom Joaquim Mol, dom Luiz Gonzaga e dom João Justino.
Vários momentos da Solene Celebração Eucarística despertaram forte emoção nos fiéis. Dom João Bosco recordou-se, por exemplo, do tempo em que dom Edson era seminarista e chorava com saudade de seus familiares. Ressaltou que, apesar dessa grande saudade, dom Edson avançou em sua formação e foi ordenado presbítero, acolhendo o chamado de Deus. O Arcebispo de Diamantina disse que a família é um dos pilares do ministério de dom Edson que, ao saber de sua nomeação como bispo auxiliar de Belo Horizonte, foi rezar no túmulo de sua mãe, a senhora Alzira Oriolo dos Santos. Sobre o ministério episcopal, dom João Bosco lembrou que ser bispo é despojar-se, a exemplo de Cristo, “que se despojou da sua condição divina”. “O bispo é um pai generoso, que assume uma disponibilidade total ao rebanho que lhe foi confiado”, completou.
Em sua mensagem, no encerramento da Missa Solene, dom Edson José se lembrou de seus familiares, de modo especial de mãe, que o inspirou na escolha de seu lema episcopal: “Evangelizare Misericordiae Divitias”, que significa “Anunciar as riquezas da misericórdia”. Agradeceu, entre outras pessoas e instituições, a Arquidiocese de Pouso Alegre, por sua formação e convivência com o clero, religiosos e leigos. Agradeceu também a acolhida de dom Walmor e dos bispos auxiliares da Arquidiocese de Belo Horizonte. Pediu para “que todos continuem rezando por ele”.
Dom Edson
Filho de José Eugênio dos Santos e Alzira Oriolo dos Santos, dom Edson José é natural de Itajubá (MG). Nascido em 18 de setembro de 1964, foi ordenado sacerdote na Matriz de São José Operário de Itajubá, no dia 5 de maio de 1990. É formado em Filosofia, pelo Seminário Nossa Senhora Auxiliadora de Pouso Alegre, e em Teologia, pelo Instituto Teológico Sagrado Coração de Jesus, de Taubaté (SP). O Bispo também é mestre em Filosofia Social pela PUC Campinas.
Dom Edson exerceu na Arquidiocese de Pouso Alegre os cargos de vigário paroquial da Paróquia São Sebastião, em São Sebastião da Bela Vista, vigário paroquial da Paróquia São Francisco de Paula, em Ouro Fino, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Borda da Mata, pároco da Paróquia Bom Jesus e Cura da Catedral Metropolitana de Pouso Alegre. Além disso, exerceu a função de professor em várias disciplinas relacionadas à Filosofia no Seminário da Arquidiocese de Pouso Alegre e também atuou como promotor de justiça do Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese. Na Paróquia do Bom Jesus, implantou a Pastoral Urbana, que o tornou referência no país sobre o tema, principalmente em Gestão Eclesiástica. É conferencista e prega retiros em diversas dioceses do país.
Brasão
O lema episcopal “Evangelizare Misericordiae Divitias”, baseado na Carta de São Paulo aos Efésios (3,8), significa “Anunciar as riquezas da misericórdia”. No brasão episcopal de Dom Edson Oriolo predominam as cores azul e vermelha. Há uma cruz em ouro, que faz alusão ao Senhor Bom Jesus Crucificado, titular da Catedral Metropolitana de Pouso Alegre, onde o bispo exerceu seu ministério sacerdotal. O Sagrado Coração de Jesus, manifestação do “segredo mais íntimo de Deus Pai – a misericórdia” (São Vicente de Paulo) – faz-se representar sobre o vértice da cruz. Do Coração abrasado de caridade, brotam dois raios cujas cores aludem ao sangue e à água que jorram do lado aberto do Senhor Jesus (Jo 19,34), na forma dos sacramentos e das graças do Divino Espírito Santo.
As chaves decussadas, em prata, representam a Igreja, Corpo de Cristo e Povo de Deus reunido em nome da Trindade (LG4). Aludem a São Pedro e a seu sucessor, o Papa, e significam a fidelidade irrestrita ao primado romano, princípio visível de comunhão na caridade (CD2).
A flor de Lis, em prata, é referência a São José. Alude também à sua Paróquia de origem e à sua cidade Itajubá (MG), da qual é o primeiro filho bispo. A estrela de sete pontas, em prata, faz alusão a Maria Santíssima, medianeira de todas as graças e instrumento especialíssimo de Deus para manifestar aos homens sua eterna Misericórdia. A estrela descansa em amplo campo que evoca o vergel do Monte Carmelo. É uma referência a Nossa Senhora do Carmo, em cuja Paróquia o bispo exerceu por longos anos seu primeiro paroquiato e à qual filialmente consagra o seu ministério episcopal.
Crédito das imagens: TV Arautos e Lucas Silveira