A Obra Social Queridos Filhos, na Paroquia Imaculada Conceição, acolhe crianças de 6 a 15 anos de idade no contraturno escolar. São 70 estudantes de famílias de classes populares, moradoras do bairro Santa Maria que, quando não estão na escola, frequentam oficinas e cursos ministrados por quatro professores.
As reIigiosas, Irmã Ângela e Irmã Maria, se desdobram para oferecer o melhor em atividades lúdicas, culturais e de reforço escolar, com a colaboração de leigos, dentre eles, Maria Cristina Romualdo, coordenadora da Obra; Maria de Lourdes Vieira, que além de trabalhar na coordenação ajuda com as aulas de artesanato; Mariane, pedagoga, e Poliane, educadora. Quem frequenta a Obra Social Queridos filhos pode participar de aulas de capoeira, dança, informática, teatro e artesanato. Além disso, durante um ano – período que terminou em setembro de 2015 – a instituição recebeu verba pública e pôde contratar psicólogo, assistente social e educadores. Todos esses profissionais se uniram à pedagoga contratada pela Obra nesse trabalho tão necessário que é nortear a educação de crianças e adolescentes, incentivando-os a dedicarem o tempo fora da escola a atividades que ajudam no desenvolvimento da criatividade e na ampliação do conhecimento.
As famílias também são envolvidas nesse processo. A assistente social procura visitar as casas das crianças, buscando ajudar os familiares nas questões que dizem respeito ao relacionamento. Já a psicóloga realiza atendimentos individuais, quando necessário, e mantém o trabalho em grupo com os alunos, ouvindo-os e propondo reflexões. Quem frequenta a Obra Social Queridos Filhos também tem alimentação de qualidade. São duas refeições por turno, incluindo lanche, almoço ou jantar e uma fruta.
Irmã Ângela, há 13 anos na comunidade, explica que a obra é continuidade de um trabalho que se chamava “Almoçando com Jesus”. Em um sábado por mês muitas as crianças apareciam para participar do almoço. E o que chamou a atenção da religiosa foi perceber que a comida não era o único atrativo. “Elas queriam participar daquele encontro”- relembra. “Mas, observando aquelas crianças, ao longo dos anos, via que elas iam se envolvendo com o tráfico, à medida que cresciam. Fiquei inquieta e senti a necessidade de oferecer-lhes algo mais no âmbito da educação e da espiritualidade. Assim, o projeto foi criando corpo e hoje escolas da região nos têm como referências e nos encaminham as crianças”.
O fundamental, no entender da religiosa, é persistir; e é isso que a comunidade tem feito, particularmente na busca de parceiros para suprir o convênio que terminou neste mês de setembro. Aqueles que desejarem ajudar, tanto pessoas físicas como empresas, podem entrar em contato pelos telefones 3011 7932 3011 7900 ou e-mail angela@gospamira.com.br .