A Igreja deseja ter paróquias com feição especial: grupo de comunidades articuladas entre si, formando uma rede. Neste contexto, mais que nunca, o padre que a serve precisa ter um verdadeiro espírito de “animador” pastoral.
O semelhante pode ajudar, porém o diferente é que faz crescer |
O trabalho postula um projeto realmente participativo, contudo efetuado, jamais na condição de apenas legitimador; porém como empenho de conseguir uma riqueza multiforme. Para isso é valioso escutar o outro. O “outro”, visto, não como concorrente, invasor, ameaça; antes, como complementar enriquecedor.
Afinal, o semelhante pode ajudar, porém o diferente é que faz crescer. Só aí o pastor- animador encontrará a própria autoridade. Esta derivada, não, falsamente do seu cargo, todavia, autenticamente, de uma liderança emergida da sinceridade de quem busca ajudar, valorizando e colhendo dons, somando opiniões.
A Igreja em redes de comunidades parte do princípio de que a paróquia é a casa, por excelência, de todos os fiéis, onde eles devem encontrar o Cristo. A paróquia é lugar de acolhida, de orientação, de ajuda espiritual e material. É a partir dela que se podem descobrir os espaços não evangelizados de um território ou as situações que demandam atenção especial.
Por meio das comunidades e fé, pode acontecer renovada evangelização. Assim sendo, nossas paróquias devem ser acolhedoras, missionárias, fomentando redes de comunidades vivas e atuantes, que sejam irradiadoras de vida e, portanto, evangelizadoras. Acolhimento e missão formando discípulos de Cristo Ressuscitado, que vivam na unidade.
Pe. Raimundo Nonato Costa
Capelão do Mosteiro Nossa Senhora da Conceição
Macaúbas, Santa Luzia (MG)