Neste dia 4 de outubro, em que a Igreja celebra a Festa de São Francisco de Assis, os fiéis são convidados para acompanhar a Live Geração Santa, do mês de outubro, dedicada ao padroeiro da ecologia. Com importantes reflexões do padre Wallafe Augusto Santana Xavier, administrador paroquial da Paroquia São Francisco de Assis, em Caeté, e do jornalista da Rádio Itatiaia João Eduardo, colaborador leigo da Paróquia, a Live partilhou sobre a vida e exemplo de São Francisco de Assis: suas inspirações para os jovens nos dias de hoje.
Padre Wallafe sublinhou que São Francisco foi reconhecido por sua humildade e também ficou marcado por ser sempre acolhedor. O sacerdote destacou que para reconstruirmos uma Igreja jovem para o jovem, a Igreja precisa, assim como São Francisco, ter três ações: “acolhida, alegria e uma espiritualidade verdadeira”, disse.
O jornalista João Eduardo destacou que há um desejo para que o jovem faça uma revolução na Igreja. “Essa revolução deve ser feita pelo amor à Palavra de Deus. Quer servir a Deus? Faça poucas coisas e faça bem. Esta que é a perfeita alegria”, afirmou.
Acompanhe esta Live especial e aproveite para se conectar com a mensagem atemporal de fraternidade e amor que São Francisco de Assis nos deixou.
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São Francisco de Assis
São Francisco nasceu na Úmbria (perto de Assis), Itália, em 1182. Seu nome era Francisco Bernardone. Filho de um rico comerciante de tecidos, teve uma adolescência fútil. Aos 20 anos partiu para a guerra entre Assis e Perugia e, em seguida para as Cruzadas. Quando retornou da experiência bélica estava doente e abalado.
Um encontro perturbante e a pergunta: servir ao servo ou ao Senhor?
Ele jamais havia se esquecido das palavras recebidas em sonho, em Espoleto: “Por que te inquietas em buscar o servo em vez do Senhor?”. Desde então, ele se questionava constantemente sobre a razão exatamente o que Deus esperava dele quando o chamava. Oração e contemplação, no silêncio dos campos da Úmbria, levaram-no a abraçar os leprosos e os desprezados como abraçava os irmãos.
“Francisco, vai e restaura a minha Igreja em ruína”
A voz que ouviu em Espoleto voltou a ressoar no silêncio da oração diante de um crucifixo bizantino na igrejinha abandonada de São Damião: “Francisco, vai e restaura a minha Igreja, que como vês, está em ruína”. Aquele chamado foi entendido como convite a reconstruir pedra por pedra a ruína da capelinha, mas com os anos Francisco entendeu seu pleno significado. Ele era chamado a “coisas maiores”: “renovar”, em espírito de obediência, a Igreja que, na época, estava dividida.
Esposo da senhora Pobreza
A alegria por sentir-se amado e chamado pelo Pai, aumentou no jovem o desejo de viver de providência e em prol do Evangelho. Assim, decidiu deixar seus bens aos pobres. Foi incompreendido por seu pai, Pedro de Bernardone, que o denunciou publicamente. Convicto e sua decisão, Francisco despojou-se das suas vestes diante do Bispo Guido.
A primeira comunidade de frades. O Papa aprova a Regra
Numerosos companheiros uniram-se a Francisco, que, como ele, queriam viver o Evangelho se comprometendo com a pobreza, castidade e obediência. Em 1209, o primeiro grupo de “frades” foi a Roma encontrar-se com o Papa Inocêncio III, que, impressionado por “aquele pequeno jovem de olhos ardentes”, aprovou a Regra, depois confirmada definitivamente, em 1223, por Honório III.
Também Clara, uma nobre de Assis, foi atraída pelo carisma de Francisco. Ele a acolheu e deu início à segunda Ordem Franciscana, “as pobres damas”, depois conhecidas como Clarissas. Em seguida fundou uma Terceira Ordem para os leigos.
Francisco, “Alter Christus”
São Francisco sentia um amor ardente por Cristo e foi o primeiro santo da história a receber o sigilo dos estigmas.
A vida de Francisco foi um constante hino de louvor ao Criador. O “Cântico do Irmão Sol”, primeira obra-prima poética da literatura italiana, escrita quando Francisco estava enfraquecido pela doença- é expressão da liberdade de uma alma reconciliada com Deus, em Cristo.
São Francisco era um irmão universal
São Francisco foi admirado pela sua bondade com todos os seres vivos. Em 1223, teve a ideia da criação do primeiro Presépio com animais vivos, no dia de Natal, uma tradição que permanece viva até hoje.
Pela sua relação com os animais São Francisco de Assis é considerado protetor dos animais e padroeiro da ecologia.
O espírito de Assis, inspirador de fé e fraternidade
Francisco morreu em 3 de outubro de 1226, com 44 anos, no piso rude da Porciúncula, lugar onde recebeu o dom da “indulgência do Perdão”. Sua canonização ocorreu dois anos depois. O espírito de São Francisco continua a inspirar muitos à obediência à Igreja, à promoção do diálogo entre todos, na verdade, na caridade e na tutela da criação.
