Maria “teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lucas 2.7). A manjedoura recebeu Jesus em sua chegada a este mundo. Quando todas as placas dos hotéis, pousadas e hospedarias diziam: “Não há vagas”, a manjedoura cedeu a dureza de seus contornos e a maciez rude de seu capim para acolher e aquecer o Deus menino.
Jesus exerceu esse ministério de acolhida em sua vida e nos convida a fazer o mesmo |
O que a manjedoura ensina para nós? A doação, a entrega, a adaptação à necessidade do outro, a acolhida e o afeto. Jesus disse, certa vez: “Cada vez que fizerdes a um desses meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”(Mateus 25.40). Quando a Igreja observa o papel da manjedoura no ministério de Jesus, é chamada a também abrir-se para acolher as vidas para as quais “não há lugar” e “não há vagas” neste mundo. Pessoas desiludidas, que não encontram seu espaço nesse mundo e nessa sociedade cheia de maldades, devem encontrar sempre lugar na Igreja. Aqui elas devem ser envolvas em faixas de amor, aquecidas pela partilha e pelo carinho verdadeiros, devem encontrar conforto e acolhida.
O mundo oferece o luxo a quem pode pagar por ele, mas a Igreja, como a manjedoura de Cristo, quer oferecer segurança e conforto – mesmo que seja da maneira mais simples – para aqueles que não podem pagar nenhum preço, mas cujas vidas são as mais valiosas, porque são, como Jesus e como nós, igualmente filhas e filhos amados do Pai celeste. Jesus exerceu esse ministério de acolhida em sua vida: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28) e nos convida a fazer o mesmo. Nós somos hoje a manjedoura de Deus na qual o mundo é convidado a deitar-se e a receber cuidado, afeto, amor e vida eterna!
Que este advento do Senhor possa nos ensinar, de fato, o valor da manjedoura do nosso coração. Feliz Natal.
Pe. Moisés de jesus Lopes Pereira
Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Contagem (MG)