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O Amor de Deus: Força do Jovem

 

Ouçamos e pensemos seriamente sobre esta advertência: “Meus queridos, amemo-nos uns aos outros, pois, o amor é de Deus… Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1Jo 4, 7-8). Eis o objetivo para o qual Deus nos criou: sermos amados por Ele e na força deste seu amor, amar-nos com um amor que se renova dia a dia.

 

Quanta dificuldade nossos jovens encontram para entender e abraçar esta revolucionária virtude que é capaz de transformar tudo! Qual a razão desta dificuldade? Infelizmente, inúmeros cristãos abraçaram a fé naquele que é a expressão máxima e viva do amor que é Jesus Cristo, mas não assumiram o amor de maneira concreta. Trata-se do grande mal: a separação de fé e vida. Cremos mas não vivemos. Somos conscientes de que o amor é tudo, mas não o praticamos. A consequência desta defasagem é o vazio de Deus em nossas vidas e no mundo em que vivemos. “Deus é amor”, somente vivendo este amor, comprovaremos a todos a sublimidade desta virtude. Ora, o ser humano no decorrer de seu desenvolvimento, passando da fase infantil à adolescência, desta à juventude e enfim à vida adulta, traz dentro de si um anseio de autenticidade.
 

Esta será a maior força para o jovem: o amor de Deus e nosso amor a eles por causa de Deus

O jovem, sobretudo, na sua fase de desenvolvimento, diante dos desafios, na busca de definição de seu futuro humano, profissional e religioso, vê-se inserido nesta realidade sem marca de autenticidade. Falta-lhe de nossa parte um testemunho que brota da vivência, revelando a importância dos valores evangélicos para dar sentido à vida. Com isso, fica carente de incentivos, de estímulos, justamente nesta importante fase da vida para a formação do caráter. A incoerência de nossa fé e vida decepciona o jovem e o distancia da fonte essencial da vida: Deus.  E sobre isso Jesus foi claro em sua advertência: “Ai daquele que escandalizar um destes pequeninos”… (Mt 18,6).

 

Nossa fé quando não é demonstrada na vida concreta, trás conotação de falsidade, de aparência, de fingimento, de mentira. Isto prejudica os jovens que trazem em si o anseio de verdade, justiça, de vida digna e melhor, anseio de infinitude. Basta que vejamos isto nas manifestações de repúdio lideradas por eles nos últimos dias, clamando por um Brasil melhor. Por isso, se desejamos vê-los impregnados de valores que os tornem agentes, na construção de um mundo melhor, devemos partir da revisão de nossa própria vida. É preciso rever nosso testemunho, muitas vezes incoerente, que em nada contribui para dar-lhes segurança e capacidade de optar e abraçar o ideal de Jesus. Esperamos que a presença e o testemunho do Papa Francisco tragam para eles e para todos nós um profundo estímulo à conversão para uma vida nova. 

 

Esta será a maior força para o jovem: o amor de Deus e nosso amor a eles por causa de Deus. Neste amor encontrarão, com toda a certeza, a sua força.

 

Padre Pedro de Sousa Pinto
Pároco emérito do Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu



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