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Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade: nota de esclarecimento sobre a manipulação de informações

Guardiã do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, a Cúria Metropolitana vem promovendo a revitalização deste território sagrado, em amplo trabalho realizado desde 2010, que envolve a aguerrida defesa da preservação de toda a região da Serra da Piedade, com investimentos em pesquisa, projetos de desenvolvimento sustentável, diálogos com o poder público e empreendedores. Foi instituída, inclusive, a Associação de Desenvolvimento Regional Integrado (Aderi), que reúne professores da PUC Minas, nas áreas do meio ambiente e do direito ambiental para assessorar todo o trabalho de defesa da Serra da Piedade. Por tudo isso, causa perplexidade que um meio de comunicação, ligado a uma confissão religiosa com visão de mundo que se conflita com as perspectivas da Igreja Católica, no momento em que o Santuário busca impedir a exploração desmedida da Serra, manipule informações, distorcendo a realidade. Esclarecemos:

1) Há mais de 250 anos, antes de existir qualquer ordenamento jurídico sobre meio ambiente, o Santuário se vale da água que brota da Serra da Piedade para matar a sede dos peregrinos. Trata-se de consumo humano, sem impacto para o meio ambiente (situação bem diferente do que ocorrerá com a retomada da atividade minerária na Serra). Cumprindo o que determina a legislação atual, o Santuário, há quase três anos, oficializou o requerimento para conseguir a outorga para o uso da água. Toda documentação já está com o poder público estadual.

2) Quem visita o Santuário sabe: a Praça Antônio da Silva Bracarena (Cavalhadas) é um amplo espaço descampado onde, no passado, os fiéis que iam a cavalo à Serra deixavam seus animais. Posteriormente, esse espaço passou a ser ocupado pelos ônibus e carros. Não há qualquer plano de torná-lo estacionamento. Outra área já está destinada a essa finalidade, dentro do projeto de revitalização do Santuário. Fica ao pé da Serra, em lugar livre de vegetação. O incêndio ocorrido em 2015 na cavalhada foi acidental, acaso, durante treinamento do Exército, atingiu vegetação rasteira, que se recupera no período das chuvas. Naturalmente, nessa época do ano, de clima seco, prevalece o aspecto mais árido, característica que é própria do Cerrado.

3) A fiscalização identificou vazamento em um cano da lavanderia da Casa dos Peregrinos, prontamente consertado, a partir de uma intervenção simples. A vazão que se originava desse cano era pequena, de difícil identificação, apesar da vigilância constante de toda a equipe de infraestrutura do Santuário. Oportuno esclarecer: a pequena vazão de água não gerou qualquer impacto ao meio ambiente.

4) O Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade integra o Monumento Natural Serra da Piedade, com gerenciamento do Instituto Estadual de Florestas. É tombado por 12 instituições, dentre as quais estão o Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG). É considerado Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Todas as ações desenvolvidas no território do Santuário contam com a prévia anuência das instituições envolvidas na sua salvaguarda.

Por tudo isso, causa estranhamento a produção de uma reportagem longa dedicada a criticar o Santuário, questionar a postura da Igreja na defesa da Serra contra o avanço da mineração, dizendo inclusive que o “empreendedor promete consertar a Serra”. Informação importante: a Igreja Católica criou áreas verdes no complexo arquitetônico do Santuário, a exemplo do Jardim das Oliveiras, planeja e está sempre em diálogo com diferentes instâncias do poder público para a criação de um parque ecológico, tudo para preservar a natureza na região da Serra da Piedade. É preciso, pois, sempre questionar: por que direcionar ataques a quem defende a natureza? Será que as situações de maior gravidade na região da Serra da Piedade não deveriam merecer reportagens desse porte e nesse meio de comunicação? A quem interessa desmoralizar os defensores da Serra da Piedade?



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