Você está em:

Nossa missão de batizados

 

Estamos vivendo um tempo da Igreja que nos convoca à conversão. Tempo da quaresma. Um tempo penitencial, de oportunidade e de recomeço. Tempo propício para a reconciliação. Tempo de mudanças de atitudes e práticas favorecendo a solidariedade e a fraternidade. Neste ano de 2015 a Igreja quer recordar aos fiéis duas coisas: ouvir e rezar mais a Palavra de Deus e dispor-se a celebrar o Mistério Pascal.

A Igreja é o lugar comunitário dos seguidores de Jesus. Assim diz a Campanha da Fraternidade desse ano. Sua missão é colocar à disposição do ser humano as forças salvadoras que ela recebe de Cristo. Sua origem é o Evangelho, ou seja, seu começo e sua continuidade: a fonte de onde jorra a força para sua organização. Seu carisma é o Cristo Vivo, que inclui em si mesmo, de modos diferenciados, todos os seus discípulos, todos os homens e todo o universo.

A Igreja é assim, como uma instituição humana e terrena, peregrina, que necessita de uma conversão permanente de si mesma por fidelidade a Jesus Cristo. E o Concílio Vaticano II apresentou a conversão eclesial como a abertura a uma reforma permanente de si mesma por fidelidade a Jesus Cristo: “Toda renovação da Igreja consiste essencialmente na maior fidelidade à própria vocação” (EG 26). Uma Igreja que está sempre a caminho rumo ao encontro dos que mais necessitam de sua solidariedade. É na força do anúncio que se faz a caminhada.

 

Somos chamados a sair do comodismo de nossas ações e nos colocar à disposição para um trabalho com mais ardor, alegria e criatividade; que ajude e encante as pessoas
Esse é o nosso compromisso missionário

A Conferência de Aparecida destacou o ser discípulo e missionário e a necessidade de se colocar em prática esse discipulado e essa missionariedade, que formam a essência do nosso ser cristão. Também ressalta a importância da acolhida. Sem ela não haverá um bom trabalho missionário. Todos têm capacidade de acolher bem, basta ser uma pessoa perseverante no amor. O acolher bem e o servir são nossas heranças deixadas por Jesus, através de seu testemunho de vida. A Igreja se faz continuadora dessa obra de Jesus: quer continuar essa missão, sob a direção do Espírito Consolador. O Papa Francisco vem pedindo insistentemente por uma Igreja que vá para as ruas e procure servir o outro na sua gratuidade e fraternidade.

A Igreja é a comunidade de homens e mulheres seguidores e seguidoras de Jesus Cristo, constituída por Ele com a missão de anunciar e testemunhar o Evangelho da salvação a toda criatura (cf. Mc 16,15). É uma Igreja para todos aqueles que dela desejam participar porque nela se encontra o germe do Reino de Deus. Sua ação evangelizadora decorre da fé e da caridade vividas pelos cristãos. Nesse sentido, a Igreja opta pelo ser humano como seu caminho porque é ele, o caminho para servir a Deus.

Recentemente, o Papa Francisco convidou todos os católicos a reconhecerem a natureza missionária, cuja ação deve ser o “paradigma de toda a obra da Igreja”. Com esse intuito, o Papa lembrava a proposição dos Bispos da América Latina e do Caribe, que exortaram a Igreja latino-americana a passar de uma “pastoral de conservação a uma pastoral decididamente missionária”. Isso quer dizer que somos chamados a sair do comodismo de nossas ações e nos colocar à disposição para um trabalho com mais ardor, alegria e criatividade. Um trabalho que ajude e encante as pessoas. Esse é o nosso compromisso missionário, atuando individual e comunitariamente, enquanto membro do corpo eclesial. Também é uma resposta ao apelo do Papa Francisco que chama todos os batizados à conversão missionária. O mandato missionário recebido de Jesus Cristo (cf. Mt 28,19-20) pede uma Igreja em saída para testemunhar a alegria do Evangelho, da vida em Jesus Cristo.

 

Neuza Silveira de Souza
Coordenadora da Comissão Arquidiocesana Bíblico-Catequética de BH



Novidades do Instagram
Últimos Posts
Siga-nos no Instagram
Ícone Arquidiocese de BH