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Natal é abrir o coração à esperança

O Papa Francisco, na mais recente audiência geral, desenvolveu catequese sobre a esperança cristã. O Santo Padre recordou o profeta Isaías que nos convida a abrirmo-nos à esperança, acolhendo a Boa-Nova da salvação que está perto de chegar. No fim do exílio na Babilônia, é a possibilidade de Israel reencontrar Deus. O senhor aproxima-se – sublinhou o Papa – e o povo que atravessou a crise, continuou a crer e a esperar poderá ver as maravilhas do Senhor. 
 
 
O Santo Padre refere-se a esse povo como “pequeno resto”, fazendo referência aos que resistiram na fé, continuaram a crer e a esperar “mesmo no meio da escuridão”. O Papa na sua catequese sublinhou algumas das palavras do canto de Isaías no capítulo 52:
 
 
“O Senhor mostra a força do seu braço poderoso (…) e todos os confins da terra verão o triunfo do nosso Deus”. “Diz a Sião: ‘O rei é o teu Deus!’” 
 
 
Estas palavras mostram a fé em Deus, que Se inclina misericordiosamente sobre o homem, para o libertar de tudo o que desfigura nele a imagem de Deus, observou o Santo Padre. E a plenitude de tanto amor é precisamente o Reino instaurado por Jesus, aquele Reino de perdão e paz que chega no Natal e se realiza definitivamente na Páscoa, declarou.
 
 
Os motivos da nossa esperança são esses – disse Francisco – “quando tudo parece perdido, quando, à vista de tantas realidades negativas, torna-se difícil acreditar e vem a tentação de dizer que já nada tem sentido, faz-se ouvir a Boa-Nova: Deus está a chegar, para realizar algo de novo, instaurar um Reino de paz, vem trazer liberdade e consolação. O mal não triunfará para sempre, acabará a tribulação”.
 
 
Somos chamados a ser homens e mulheres de esperança, que proclamam a vinda deste Reino feito de luz e destinado a todos. “Esta mensagem é urgente!” – lembrou o Papa dizendo que devemos também correr, como o mensageiro sobre os montes de que fala o profeta, porque o mundo não pode esperar, a humanidade tem fome e sede de justiça e de paz.
E a promessa cumpre-se no Menino de Belém, uma criança que nasce “necessitada de tudo” colocada “numa manjedoura”: ali está todo poder do Deus que salva. “É preciso abrir o coração – o Natal é o dia para abrir o coração!” – declarou o Santo Padre.
 
 
O Papa afirmou que no Natal é preciso abrir o coração a toda “pequenez” que está ali naquele Menino. Um Natal que devemos preparar “com esperança neste tempo de Advento”. “É a surpresa de um Deus Menino, de um Deus pobre, de um Deus débil, de um Deus que abandona a sua grandeza para se fazer próximo de cada um de nós” – disse Francisco no final da sua catequese.
 


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