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Muticom 2021 começa com reflexões sobre o papel da comunicação na atualidade

O Mutirão de Comunicação 2021 (Muticom-2021), com quase seis mil participantes, começou com momento de espiritualidade e solenidade de abertura na PUC Minas – Campus Coração Eucarístico. Presencialmente – no Centro de Espiritualidade Jesus Pão da Vida e no Auditório da Universidade – os organizadores do Muticom 2021 saudaram os milhares de inscritos para o evento, reunidos em várias salas virtuais, criadas no ambiente digital.  O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, partilhou com os participantes a mensagem do Papa Francisco dedicada ao Muticom 2021.

Na carta lida por dom Walmor, o Pontífice lembrou que os cristãos são chamados a ser sinal de esperança e solidariedade na sociedade brasileira, tão atingida pela pandemia. Conforme disse o Papa Francisco, os comunicadores cristãos devem estar “na linha de frente na promoção de uma comunicação que constrói pontes”, apontando o caminho: “Nos encontrar no essencial e deixar de lado as divisões”. Na conclusão da mensagem, o Pontífice enviou a sua bênção apostólica a cada participante do Muticom 2021.

Dom Walmor, em agradecimento aos organizadores do evento e aos muitos comunicadores reunidos no Mutirão, explicou que o “Evangelho é comunicação”. “A Igreja precisa da comunicação para anunciar o Evangelho”. O presidente da CNBB lamentou que a comunicação, muitas vezes, esteja a serviço da mentira e de interesses mesquinhos, mas partilhou a sua esperança: “As marcas deste Muticom impulsionarão a Igreja no Brasil, cada vez mais, no cumprimento de sua tarefa missionária”.

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB e bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, dom Joaquim Mol, detalhou o tema do encontro – “Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”. Dom Mol afirmou que a comunicação, muitas vezes, é fragmentada – “cada um se apropriando da comunicação para o atendimento dos próprios interesses”. Por isso, o Bispo assinalou a urgência de se consolidar uma comunicação integral, pensando nas muitas necessidades do mundo contemporâneo. “Comunicação integral para servir ao ser humano”.

Citando a situação socioambiental do planeta, “grito da Terra que deve ser também da Igreja”, dom Mol recordou que a humanidade vive um momento “grave, difícil e desconcertante, mas a comunicação está aqui para nos ajudar a levar ao coração de cada um Cristo Jesus, que não deixa a esperança morrer, a nossa alegria abalar e o nosso compromisso com  amor se extinguir”.

Pouco antes da composição da mesa de abertura, dom Joaquim Mol, dom Edilson Soares Nobre e dom Neri José Tondello – bispos que também integram a Comissão Episcopal para a Comunicação -, em momento de oração no Centro de Espiritualidade Jesus Pão da Vida, solidarizaram-se com as vítimas e enlutados deste tempo de pandemia, com a Amazônia e os povos originários, com aqueles que resistem a um mundo de morte e lutam pelo cuidado com a casa comum. E alertaram sobre o mal das fake news que se propagam feito doença.

Os olhares atentos, dos milhares de participantes, puderam acompanhar, na sequência, a palestra magna do professor Massimo di Felice, da Universidade de São Paulo (USP), seguida da apresentação cultural Versos e Preces, conduzida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese dom Vicente Ferreira e o músico Alvimar. Depois, a professora Magali Cunha falou aos participantes sobre comunicação para paz em tempos de fake news. A noite foi concluída com momentos de reflexões, diálogos e oração.



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