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Dia Mundial das Missões

A Igreja celebra neste domingo, 20 de outubro, o Dia Mundial das Missões, no contexto do Mês Extraordinário Missionário.

 

O Dia Mundial das Missões é oportunidade para que cada pessoa renove o compromisso de ser missionário, assumido no Batismo. Celebrado no penúltimo domingo do mês de outubro, o Dia Mundial das Missões foi instituído pelo Papa Pio XI em 1926, como um dia de oração e ofertas em favor da evangelização dos povos. A inspiração vem do mandado de Jesus para anunciar a Boa Nova entre todas as nações. Além das ofertas, a Campanha Missionária nos convida a rezar e a refletir sobre a nossa missão no mundo.

Convocado pelo Papa Francisco, o Mês Extraordinário Missionário no Brasil trata-se de um tempo especial a ser vivido em outubro, dedicado a fortalecer a ação missionária da Igreja. Este mês será vivido ainda no contexto do o Ano Missionário da Arquidiocese de Belo Horizonte, vivido desde de 2018, oportunidade para investir nos trabalhos de evangelização em vilas e favelas.

Confira a programação nas Regiões Episcopais:

Rensa: 

Data: 20 de outubro

Horário: 08h às 17h

Local: Vila Marimbondo (Contagem)

Mais informações pelo número  (31) 3333-8553, na Cúria Regional.

Rense:

Forania São Dimas

20 de outubro
Local da Missão: Vila das Antenas e Jardim Montanhês – Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e São Damião de Molokai

6 de novembro
Avaliação: Missões e ajustes para a Reunião de Fundação

17 de novembro
1º Encontro para Formação das comunidades

Forania São João Bosco
Local da Missão: Conjunto Manacá / Vila São José (Divisa das Paróquias São Tiago e Maria Serva)

5 de outubro
8h – Missa com Envio na Paróquia São Tiago e em seguida a Missão

26 de outubro
Avaliação: Missões e ajustes para a Reunião de Fundação

9 de novembro
1º Encontro para Formação das comunidades

Forania São Sebastião da Boa Vista

Local da Missão: Vilinha – Paróquia São Sebastião da Boa Vista

20 de outubro
Missa com Envio na Comunidade Nossa Senhora da Conceição de Emaús na Paróquia São Sebastião da Boa Vista. Em seguida, café partilhado e Missão

23 de outubro
Avaliação: Missões e ajustes para a Reunião de Fundação

Data do 1º Encontro para Formação das comunidades – A confirmar

Forania São João Batista

Local da Missão: Vila Esperança – Paroquia São Sebastião, bairro Betânia

19 de outubro
17h – Missa de Envio e Encontro com Equipe Missionária na Paróquia São Sebastião do Betânia

26 de outubro
14h – Missão Ponto de Encontro na Paróquia São Sebastião do Betânia

Avaliação: Missões e ajustes p/ a Reunião de Fundação – A combinar

17 de novembro
10h30 – 1º Encontro para Formação das comunidades na Comunidade Vila Régia

Forania São José do Calafate

Paróquia São Domingos

21 e 22 de setembro
Local da Missão: Comunidade São José de Anchieta19 e 20 de outubro

Paróquia Sagrado Coração de Jesus: As diferentes comunidades do Morro das Pedras vão interagir para viver a Missão

Forania São Francisco das Chagas

Paróquia São Francisco das Chagas

Em outubro (Sem data definida)
Continuidade da Missão na Vila São Francisco das Chagas na Paróquia Bom Pastor

26 de outubro
Formação na Igreja

27 de outubro
Missão na Vila 31 de Março

Convidamos as paróquias que partilhem suas programações. Envie-as no formato word (não conseguimos publicar arquivos .pdf ou fotos) para o e-mail: imprensa@arquidiocesebh.org.br

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões: 20 de outubro

Queridos irmãos e irmãs!

Pedi a toda a Igreja que vivesse um tempo extraordinário de missionariedade no mês de outubro de 2019, para comemorar o centenário da promulgação da Carta Apostólica Maximum illud, do Papa Bento XV (30 de novembro de 1919). A clarividência profética da proposta apostólica confirmou-me como é importante, ainda hoje, renovar o compromisso missionário da Igreja, potenciar evangelicamente a sua missão de anunciar e levar ao mundo a salvação de Jesus Cristo, morto e ressuscitado.

O título desta mensagem – «Batizados e Enviados: A Igreja de Cristo em missão no mundo» – é o mesmo do Outubro Missionário. A celebração deste mês irá ajudar-nos, em primeiro lugar, a reencontrar o sentido missionário da nossa adesão de fé a Jesus Cristo, fé recebida como dom gratuito no Batismo. O ato, pelo qual somos feitos filhos de Deus, sempre é eclesial, nunca individual: da comunhão com Deus, Pai e Filho e Espírito Santo, nasce uma vida nova partilhada com muitos outros irmãos e irmãs. E essa vida divina não é um produto para vender – não fazemos proselitismo –, mas uma riqueza para dar, comunicar, anunciar: eis o sentido da missão. Recebemos gratuitamente este dom, e gratuitamente o partilhamos (cf. Mt 10, 8), sem excluir ninguém. Deus quer que todos os homens sejam salvos, cheguem ao conhecimento da verdade e façam a experiência da sua misericórdia por meio da Igreja, sacramento universal da salvação (cf. 1 Tm 2, 4; 3, 15; Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. Lumen gentium, 48).

A Igreja está em missão no mundo: a fé em Jesus Cristo dá-nos a justa dimensão de todas as coisas e nos faz ver o mundo com os olhos e o coração de Deus; a esperança abre-nos aos horizontes eternos da vida divina, a qual verdadeiramente participamos; a caridade, que antegozamos nos sacramentos e no amor fraterno, impele-nos até aos confins da terra (cf. Miq 5, 3; Mt 28, 19; At 1, 8; Rm 10, 18). Uma Igreja em saída até aos extremos confins requer constante e permanente conversão missionária. Quantos santos, quantas mulheres e homens de fé testemunham e mostram ser possível e praticável ter essa abertura ilimitada, essa saída misericordiosa ditada pelo impulso urgente do amor e da sua lógica intrínseca de dom, sacrifício e gratuidade (cf. 2 Cor 5, 14-21)! Sê homem de Deus, que anuncia Deus (cf. Carta ap. Maximum illud): esse mandato toca-nos de perto. Eu sou sempre uma missão; tu és sempre uma missão; cada batizada e batizado é uma missão. Quem ama, põe-se em movimento, sente-se impelido para fora de si mesmo: é atraído e atrai; dá-se ao outro e tece relações que geram vida. Para o amor de Deus, ninguém é inútil nem insignificante.

Cada um de nós é uma missão no mundo, porque fruto do amor de Deus. Ainda que meu pai e minha mãe traíssem o amor com mentira, ódio e infidelidade, Deus nunca Se subtrai ao dom da vida e, desde sempre, deu como destino, a cada um dos seus filhos, a própria vida divina e eterna (cf. Ef 1, 3-6). Esta vida nos é comunicada no Batismo, que nos dá a fé em Jesus Cristo, vencedor do pecado e da morte, a regenera à imagem e semelhança de Deus e a insere no Corpo de Cristo, que é a Igreja. Por conseguinte, nesse sentido, o Batismo é verdadeiramente necessário para a salvação, pois nos garante sermos filhos e filhas sempre e em toda parte: jamais seremos órfãos, estrangeiros ou escravos na casa do Pai. Aquilo que, no cristão, é realidade sacramental – com a sua plenitude na Eucaristia –, permanece vocação e destino para todo o homem e mulher à espera de conversão e salvação. Com efeito, o Batismo é promessa realizada do dom divino, que torna o ser humano filho no Filho.

Somos filhos dos nossos pais naturais, mas no Batismo nos é dada a paternidade primordial e a verdadeira maternidade: não pode ter Deus como Pai quem não tem a Igreja como mãe (cf. São Cipriano, A unidade da Igreja, 4). Assim, a nossa missão radica-se na paternidade de Deus e na maternidade da Igreja, porque é inerente ao Batismo o envio expresso por Jesus no mandato pascal: como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós, cheios de Espírito Santo para a reconciliação do mundo (cf. Jo 20, 19-23; Mt 28, 16-20). Esse envio incumbe ao cristão para que a ninguém falte o anúncio da vocação a filho adotivo, a certeza da sua dignidade pessoal e do valor intrínseco de cada vida humana, desde a concepção até à sua morte natural. O secularismo difuso, quando se torna rejeição positiva e cultural da paternidade ativa de Deus na nossa história, impede toda e qualquer fraternidade universal autêntica, que se manifesta no respeito mútuo pela vida de cada um. Sem o Deus de Jesus Cristo, toda a diferença fica reduzida à ameaça infernal e torna impossível qualquer aceitação fraterna e a unidade fecunda do gênero humano.

O destino universal da salvação, oferecida por Deus em Jesus Cristo, levou Bento XV a exigir a superação de todo o fechamento nacionalista e etnocêntrico, de toda a mistura do anúncio do Evangelho com os interesses econômicos e militares das potências coloniais. Na sua Carta apostólica Maximum illud, o Papa lembrava que a universalidade divina da missão da Igreja exige o abandono de uma pertença exclusivista à própria pátria e à própria etnia. A abertura da cultura e da comunidade à novidade salvífica de Jesus Cristo requer a superação de toda a indevida introversão étnica e eclesial. Também hoje, a Igreja continua a necessitar de homens e mulheres que, em virtude do seu Batismo, respondam generosamente à chamada para sair da sua própria casa, da sua família, da sua pátria, da sua própria língua, da sua Igreja local. São enviados aos gentios, ao mundo ainda não transfigurado pelos sacramentos de Jesus Cristo e da sua Igreja Santa. Anunciam a Palavra de Deus, testemunham o Evangelho e celebram a vida do Espírito, chamam à conversão, batizam e oferecem a salvação cristã no respeito pela liberdade pessoal de cada um, em diálogo com as culturas e as religiões dos povos a quem são enviados. Assim a missio ad gentes, sempre necessária na Igreja, contribui de maneira fundamental para o processo permanente de conversão de todos os cristãos. A fé na Páscoa de Jesus, o envio eclesial batismal, a saída geográfica e cultural de si mesmo e da sua própria casa, a necessidade de salvação do pecado e a libertação do mal pessoal e social exigem a missão até aos últimos confins da terra.

A coincidência providencial do Mês Missionário Extraordinário com a celebração do Sínodo Especial sobre as Igrejas na Amazônia leva-me a assinalar como a missão, que nos foi confiada por Jesus com o dom do seu Espírito, ainda seja atual e necessária também para aquelas terras e seus habitantes. Um renovado Pentecostes abra de par em par as portas da Igreja, a fim de que nenhuma cultura permaneça fechada em si mesma e nenhum povo fique isolado, mas se abra à comunhão universal da fé. Que ninguém fique fechado em si mesmo, na autorreferencialidade da sua própria pertença étnica e religiosa. A Páscoa de Jesus rompe os limites estreitos de mundos, religiões e culturas, e nos chama a crescer no respeito pela dignidade do homem e da mulher, rumo a uma conversão cada vez mais plena à Verdade do Senhor Ressuscitado, que dá a verdadeira vida a todos.

A esse respeito, recordo as palavras do Papa Bento XVI no início do nosso encontro de Bispos Latino-Americanos em Aparecida, Brasil, em 2007, que desejo transcrever aqui e subscrevê-las: “O que significou a aceitação da fé cristã para os povos da América Latina e do Caribe? Para eles, significou conhecer e acolher Cristo, o Deus desconhecido que os seus antepassados, sem o saber, buscavam nas suas ricas tradições religiosas. Cristo era o Salvador que esperavam silenciosamente. Significou também ter recebido, com as águas do Batismo, a vida divina que fez deles filhos de Deus por adoção; ter recebido, outrossim, o Espírito Santo que veio fecundar as suas culturas, purificando-as e desenvolvendo os numerosos germes e sementes que o Verbo encarnado tinha lançado nelas, orientando-as, assim, pelos caminhos do Evangelho. (…) O Verbo de Deus, fazendo-Se carne em Jesus Cristo, fez-Se também história e cultura. A utopia de voltar a dar vida às religiões pré-colombianas, separando-as de Cristo e da Igreja universal, não seria um progresso, mas uma regressão. Na realidade, seria uma involução para um momento histórico ancorado no passado” (Discurso na Sessão Inaugural, 13 de maio de 2007).

À Maria, nossa Mãe, confiamos a missão da Igreja. Unida ao seu Filho, desde a encarnação, a Virgem colocou-se em movimento e deixou envolver-se totalmente pela missão de Jesus; missão que, ao pé da cruz, havia de se tornar também a sua missão: colaborar como Mãe da Igreja para gerar, no Espírito e na fé, novos filhos e filhas de Deus. Gostaria de concluir com uma breve palavra sobre as Pontifícias Obras Missionárias, que a Carta apostólica Maximum illud já apresentava como instrumentos missionários. De fato, como uma rede global que apoia o Papa no seu compromisso missionário, prestam o seu serviço à universalidade eclesial mediante a oração, alma da missão, e a caridade dos cristãos espalhados pelo mundo inteiro. A oferta deles ajuda o Papa na evangelização das Igrejas particulares (Obra da Propagação da Fé), na formação do clero local (Obra de São Pedro Apóstolo), na educação de uma consciência missionária das crianças de todo o mundo (Obra da Santa Infância) e na formação missionária da fé dos cristãos (Pontifícia União Missionária). Ao renovar o meu apoio a essas Obras, espero que o Mês Missionário Extraordinário de outubro de 2019 contribua para a renovação do seu serviço missionário ao meu ministério.

Aos missionários e às missionárias e a todos aqueles que, de algum modo, participam, em virtude do seu Batismo, na missão da Igreja, de coração, envio a minha bênção.

Vaticano, 9 de junho
Solenidade de Pentecostes – de 2019.

Roteiro para a vivência da Hora Santa Missionária 2019



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