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Mensagem do Papa Francisco para o 30º Dia Mundial dos Enfermos

Papa visita hospital em Roma /Foto: Vatican Media (Foto tirada antes da pandemia)

A mensagem do Papa Francisco para o 30º Dia Mundial dos Enfermos, 11 de fevereiro de 2022, convida todos a considerarem o doente acima da doença, pois “qualquer abordagem terapêutica não pode prescindir da escuta do paciente, da sua história, das suas ansiedades, dos seus medos”.

Neste ano, o tema do 30º Dia Mundial do Enfermo é inspirado no Evangelho de Lucas: “Sede misericordioso como o vosso Pai é misericordioso”, e como subtítulo: “Colocar-se ao lado de quem sofre num caminho de caridade”.

A mensagem do Pontífice está dividia em cinco pontos.

  1. Misericordiosos como o Pai

Depois de citar o tema deste trigésimo Dia Mundial, “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”, o Papa disse:

“A misericórdia é, por excelência, o nome de Deus, que expressa a sua natureza não como um sentimento ocasional, mas como força presente em tudo o que Ele faz”. Deus, continuou o Pontífice, “é conjuntamente força e ternura”, por isso podemos dizer que “Ele cuida de nós com a força de um pai e com a ternura de uma mãe, sempre desejoso de nos dar vida nova no Espírito Santo”.

  1. Jesus, misericórdia do Pai

No segundo ponto, o Papa recordou: “A Suprema testemunha do amor misericordioso do Pai para com os enfermos é o seu Filho unigênito”. Citando quantas vezes os Evangelhos nos narram os encontros de Jesus com pessoas que sofriam de várias doenças, o Pontífice disse: “Podemos perguntar-nos: Por qual razão Jesus dedicou especial atenção aos doentes, de modo a inspirar mesma atitude na missão dos apóstolos, enviados pelo Mestre a anunciar o Evangelho e curar os enfermos?”

E depois de uma reflexão lembrou:

“Quando uma pessoa experimenta na própria carne fragilidade e sofrimento por causa da doença, também o seu coração se sente acabrunhado, cresce o medo, multiplicam-se as dúvidas, torna-se mais importante a questão sobre o sentido de tudo o que está a acontecer”

Disto a importância “de se ter ao lado testemunhas da caridade de Deus, que a exemplo de Jesus, misericórdia do Pai, derramem sobre as feridas dos enfermos o óleo da consolação e o vinho da esperança”.

  1. Tocar a carne sofredora de Cristo

“O convite de Jesus é ser misericordiosos como o Pai, o que adquire um significado particular para os profissionais de saúde”, pontuou o Papa Francisco, destacando que o serviço dos profissionais da saúde ultrapassa os limites da profissão para se tornar uma missão. Pois “tocam a carne sofredora de Cristo e isso pode ser um sinal das mãos misericordiosas do Pai”. E quanto aos progressos da ciência e das novas vias terapêuticas Papa Francisco adverte: “tudo isso não deve jamais fazer esquecer a singularidade de cada doente, com a sua dignidade e as suas fragilidades”.

“O doente é sempre mais importante do que a sua doença, e por isso qualquer abordagem terapêutica não pode prescindir da escuta do paciente, da sua história, das suas ansiedades, dos seus medos”.

4. Os lugares de tratamento, casas de misericórdia

Com relação a este ponto o Papa fala sobre os “lugares de tratamento”. “Misericordiosos como o Pai, muitos missionários acompanharam o anúncio do Evangelho com a construção de hospitais, dispensários e lugares de tratamento. São obras preciosas, através das quais se concretizou a caridade cristã e se tornou mais credível o amor de Cristo, testemunhado pelos seus discípulos”. Papa Francisco recordou das dificuldades das populações das zonas mais pobres da Terra, onde receber adequados tratamentos continua sendo um luxo. “Testemunha, por exemplo, a escassa disponibilidade, nos países mais pobres, de vacinas contra a Covid-19 e ainda mais a falta de tratamentos para patologias que requerem medicamentos muito mais simples”.

“Neste contexto, desejo reafirmar a importância das instituições sanitárias católicas: são um tesouro precioso que deve ser preservado e sustentado; a sua presença caracterizou a história da Igreja pela sua proximidade aos doentes mais pobres e às situações mais esquecidas. Em uma época em que se difundiu a cultura do descarte e nem sempre se reconhece a vida como digna de ser acolhida e vivida, estas estruturas, como casas da misericórdia, podem ser exemplares na salvaguarda e no cuidado de cada existência, mesmo a mais frágil, desde o próprio início até o seu termo natural”.

  1. A misericórdia pastoral: presença e proximidade

Por fim, o Papa escreve sobre a importância dos cuidados espirituais afirmando que não se pode deixar de oferecer aos doentes a proximidade de Deus, a sua bênção, a sua Palavra, a celebração dos Sacramentos e a proposta de um caminho de crescimento e amadurecimento na fé.

Concluindo, o Pontífice recorda que a proximidade dos enfermos e o seu cuidado pastoral não competem apenas a alguns ministros. “Visitar os enfermos é um convite feito por Cristo a todos os seus discípulos. Quantos doentes e quantas pessoas idosas que esperam por uma visita! O ministério da consolação é tarefa de todo o batizado”, destacou o Papa recordando-se das palavras de Jesus: “Estive doente e visitastes-Me” (Mt 25, 36).



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