O Jubileu dos Missionários Digitais e dos Influenciadores Católicos viveu seu ápice na manhã desta terça-feira, 29 de julho, com a celebração da missa na Basílica de São Pedro, presidida pelo cardeal Luis Antonio Tagle e a saudação do Santo Padre no final da cerimônia.
Diante do desafio da inteligência artificial, que marcará uma nova era na vida dos indivíduos e da sociedade, o Papa reforçou aos influenciadores católicos e missionários digitais que o dever dos cristãos é trabalhar juntos para desenvolver um pensamento e uma linguagem que deem voz ao amor. E explicou:
“Não se trata apenas de gerar conteúdos, mas de criar um espaço de encontro entre os corações. (…) Este processo começa sobretudo com a aceitação da nossa própria pobreza, deixando de lado qualquer tipo de pretensão e reconhecendo a nossa inerente necessidade do Evangelho.”
Cristo no centro para vencer as fake news
O Santo Padre usou a analogia das redes dos pescadores, utilizadas pelos primeiros apóstolos, para exortar os influenciadores a construir “redes de amor”:
“Redes onde se possa consertar o que está partido, onde se possa curar a solidão, sem se importar com o número de seguidores [followers], mas experimentando em cada encontro a grandeza infinita do amor. Redes que deem espaço ao outro mais do que a nós mesmos, onde nenhuma ‘bolha de filtros’ possa apagar a voz dos mais fracos. Redes que libertem, que salvem. Assim, cada história de bem compartilhada será o nó de uma única e imensa rede: a rede das redes, a rede de Deus.”
Sendo agentes de comunhão, concluiu o Papa, será possível quebrar a lógica da divisão e da polarização; do individualismo e do egocentrismo. É preciso colocar Cristo no centro para vencer a “lógica do mundo, das fake news e da frivolidade, com a beleza e a luz da Verdade”.