Quero associar-me às famílias todas, de todos os mortos e de toda a nação haitiana, de modo muito especial associar-me à família Arns, dra. Zilda Arns, que também foi vítima do terremoto, oferecendo a sua vida no trabalho magnífico na Pastoral da Criança. Quero associar-me a todos os familiares, ao cardeal Paulo Evaristo Arns, aos seus filhos, especialmente dr. Nelson Arns e a todos os irmãos e irmãs da Pastoral da Criança do Brasil inteiro, em tantos outros países como Haiti e também na África.
Peço a Deus que acolha todos os que morreram, cito dra. Zilda Arns, reconhecendo o bem que fez e aproveito para que todos nós possamos viver gestos concretos de comunhão na oração e na solidariedade, participando de tudo aquilo a que somos convocados pela força de nossa fé e nossa cidadania, ajudando uma nação irmã, ajudando a irmãos e irmãs. Que essa consternação nos convoque e nos inspire a um caminho novo de solidariedade com gestos concretos hoje e sempre, e que Deus nos livre de males e de perigos.
É o que peço pela intercessão da amada Mãe Maria, a Senhora da Piedade, nossa Padroeira. Que este momento seja de solidariedade e sensibilização do nosso coração pela força da fé. Deus nos abençoe daqui de Roma. Tenho aqui, próximo à Basílica de São Pedro, que relembra-nos o testemunho de fé comprometido dos apóstolos Pedro e Paulo e de todos aqueles que desde o início do cristianismo deram o seu testemunho, e invoco a Benção de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, sobre nós, sobre nossas vidas, ajudando-nos com a força da graça de Deus a sermos uma Igreja sempre Missionária, sempre presença solidária na vida dos irmãos e irmãs, particularmente dos mais pobres e sofredores.
A todos o meu abraço e o desejo de nos vermos muito em breve. Que Deus nos abençoe”.
Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte